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4 doenças que afetam o trato urinário do homem

A urologia é a especialidade cirúrgica da medicina que cuida do trato urinário de homens e de mulheres e do sistema reprodutor masculino. Durante o Novembro Azul há uma divulgação maior na prevenção e no combate ao câncer de próstata, e não é por acaso, anualmente pelo menos 70 mil novos casos são diagnosticados com esse tipo de câncer. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) esse tipo de tumor é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele. Porém, além do câncer de próstata, os homens precisam ficar atentos a outras doenças urológicas que afetam os órgãos dos sistema urinário e reprodutivo. Essas doenças normalmente podem causar dificuldade ao urinar e, quanto mais breve forem diagnosticadas, o tratamento tende a ser facilitado.

Doenças mais comuns do sistema urinário e reprodutivo masculino

Veja, abaixo, as quatro doenças mais comuns que atingem os órgãos do sistema urinário e reprodutivo do homem:

1- Prostatite

Consiste num processo infeccioso ou inflamatório na glândula prostática, que afeta o funcionamento do órgão, na liberação do antígeno prostático específico (PSA) e interfere no funcionamento do trato urinário, repercutindo na qualidade do ato de urinar (micção). Geralmente, essa doença afeta os homens na faixa etária dos 20 aos 40 anos e também após os 60 anos de idade, que possuam a imunidade baixa. Existem alguns tipos de prostatites, entretanto, as mais comuns são: aguda e crônica.

1.1 – Prostatite aguda

As prostatites bacterianas aguda e crônica são sempre originadas por meio de uma infecção bacteriana na próstata e está associada a infecções urinárias. A prostatite bacteriana aguda é uma enfermidade febril, tendo seu início de forma repentina e seus sintomas gerais se apresentam de formas bem consistentes no sistema urinário.

1.2 – Prostatite crônica

Prostatite crônica é um termo utilizado para caracterizar uma infecção da próstata ou uma inflamação. Ela pode permanecer assintomática por meses ou até mesmo anos.

2- Estenoses de uretra

Essas infecções da uretra podem ocasionar cicatrizes no canal por onde o sêmen e a urina passam, de acordo com os especialistas. Esse tecido fibroso bloqueia de forma parcial ou total a uretra, causando as estenoses. Como consequência dessa doença surgem os problemas no ato de urinar (micção), como um menor fluxo de urina, dificuldade em urinar, gotejamento de urina após a micção. Além de, vontade maior de usar o banheiro durante a noite, necessidade de urinar mais vezes que o normal, ardência no momento da micção e, em alguns casos, incontinência urinária.

3- Hiperplasia benigna da próstata (HPB)

É o aumento da próstata devido à ação do hormônio testosterona. O problema, na grande maioria das vezes atinge homens com idade a partir de 45 anos de idade, podendo causar obstrução total ou parcial da uretra, afetando de forma negativa a vida sexual e, também o dia a dia da pessoa acometida por ela. Pode ocasionar dificuldade de micção, aumentando o tempo para esvaziar a bexiga, necessidade de ir muitas vezes ao banheiro urinar, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, urgência de micção e necessidade de levantar várias vezes à noite para urinar.

4- Bexiga hiperativa

Essa doença se caracteriza por problemas de micção característicos, como urgência súbita de urinar em alguns casos. Normalmente, o sintoma vem junto com o aumento na frequência de necessidade de usar o banheiro, inclusive à noite. Pessoas do sexo masculino a partir dos 50 anos de idade, já podem desenvolver esse o problema da bexiga hiperativa, porém, ela á mais comum após os 75 anos de idade. Devido ao fato, que a partir dessa idade, mudanças fisiológicas ocorrem associadas ao envelhecimento natural (facilitando o surgimento de doenças do trato urinário) como o enfraquecimento muscular na região pélvica e a diminuição da capacidade da bexiga em segurar a urina. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba!

4 Dúvidas sobre câncer de próstata respondidas

A próstata é uma glândula que contorna a uretra e está localizada sob a bexiga e de frente ao reto. Ela apresenta forma parecida com uma noz. O câncer de próstata está entre os tumores mais comuns entre os homens. Apesar dessa importância na vida dos homens, o câncer de próstata é cercado de dúvidas. Dessa forma, destacamos as principais perguntas que vivenciamos no consultório. Confira!

1. O câncer de próstata é raro?

Como dissemos, a incidência desse tipo de câncer é uma das mais altas, representando cerca de 10% dos cânceres diagnosticados. Nesse sentido, está entre os tumores mais comuns, ficando atrás do câncer de pele. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se que, para cada ano do biênio 2018/2019, sejam diagnosticados 68.220 novos casos de câncer de próstata. Apesar da alta incidência, observa-se um declínio nas taxas de mortalidade, provocada pelo diagnóstico precoce e pelas novas formas de tratamento.

2. Este tipo de câncer é mais comum em que idade?

As chances de desenvolver o câncer de próstata estão relacionadas ao envelhecimento humano. Mesmo nos casos em que o câncer foi diagnosticado em jovens abaixo dos 40 anos, o risco aumenta após os 50 anos de idade. Nesse sentido, a idade média do diagnóstico é de 69 anos, enquanto a de mortalidade é de 77 anos.

3. Quais são os sintomas do câncer de próstata?

Este tipo de câncer cresce lentamente, e pode demorar anos para agravar o estado de saúde do paciente. Nas fases iniciais, ele é assintomático e, por isso, é importante realizar exames de rotina para descobrir sua formação logo no início. Os primeiros sinais podem aparecer quando o tumor pressiona a uretra, ou bloqueia o fluxo de urina, irritando a bexiga. Dessa forma, os sintomas podem ser:

  • Redução do jato urinário;
  • Gotejamento após a micção;
  • Sensação de não ter esvaziado toda a bexiga;
  • Micção em intervalos de tempos;
  • Aumento da frequência urinária, inclusive noturna;
  • Incontinência urinária.

Em fases mais avançadas, quando o câncer atinge órgãos vizinhos, como a bexiga, reto, pelve e abdômen, os sintomas incluem:

  • Dor na pelve;
  • Sangue na urina;
  • Inchaço na bolsa escrotal;
  • Dor na coluna lombar;
  • Inchaço nas pernas.

No caso das metástases, o tumor pode atacar os ossos da coluna, quadril e costelas, ocasionando dores nessas áreas. Em alguns casos, o paciente pode apresentar fraqueza, anemia e falta de apetite.

4. Como é feito o diagnóstico e qual a importância do toque retal?

Para o diagnóstico, são avaliados os sintomas relatados pelo paciente, além do valor do PSA (marcador sanguíneo), o toque retal e o resultado da biópsia. Por meio do toque retal, é possível identificar qualquer tipo de alteração na próstata, como a presença de nódulos ou o endurecimento da glândula. Mesmo que desconfortável, o toque retal é fundamental para a avaliação do câncer de próstata, principalmente em homens a partir dos 50 anos de idade. Caso tenham casos na família, o indicado é iniciar a prevenção a partir dos 45 anos. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba!

7 mitos e verdades sobre pedras nos rins

Os minerais e sais na urina de uma pessoa, às vezes, podem se cristalizar e aglomerar, formando pedras nos rins. Por isso, os urologistas classificam os cálculos renais em categorias, sendo que a maioria deles são pedras de cálcio. Os outros tipos incluem estruvita, ácido úrico e pedras de cisteína.

Independentemente do tipo de pedra, não há dúvida de que esse problema pode causar uma dor terrível. No entanto, com as muitas crenças associadas às pedras nos rins, você pode ficar confuso sobre o que seguir e o que não seguir para resolver seu problema.

Portanto, é importante se familiarizar com os fatos. Confira abaixo alguns mitos e verdades comuns sobre o assunto:

Mito 1: Pacientes com pedras nos rins não podem comer tomates

Os pacientes podem comer tomate sem medo. A fruta só é contraindicada quando o nível de potássio está muito alto no sangue do paciente.

Comer tomates e vegetais com sementes em quantidades normais não tem nenhum papel em causar cálculos renais.

Mito 2: A dieta para todos os pacientes com cálculos renais é a mesma

A dieta para cálculos renais varia de acordo com o cálculo e a gravidade da condição. Qualquer alimento ingerido com moderação nunca pode levar por si só a algum problema médico.

Mito 3: O leite é contraindicado em cálculos renais

O leite é uma fonte de cálcio. Esse composto está presente na maioria das pedras nos rins, mas os urologistas não recomendam reduzir a ingestão de cálcio para evitá-los.

No entanto, o excesso de alimentos ricos em proteínas, como carne, ovo e peixe, é evitado, pois, aumenta as chances de formação de cálculos.

Mito 4: Depois de ter pedras nos rins, é improvável ter novamente

Infelizmente, as pessoas que já tiveram cálculos reinais correm, de fato, um risco maior de ter novamente. Para prevenir a volta da condição, é recomendado:

  • Beber mais água;
  • Manter um peso corporal saudável;
  • Seguir uma dieta pobre em sódio.

Mito 5: Um indivíduo deve ingerir muitos tipos de líquidos para se livrar das pedras nos rins

O melhor fluido para prevenir as pedras nos rins é a água. Também é interessante beber bastante água com um pouco de suco de limão adicionado, sem açúcar ou sal em particular.

Todos os outros líquidos, como chá, café, refrigerantes e mais devem ser ingeridos em quantidades menores.

Isso porque todos esses fluidos causam aumento do fluxo de urina, mas acabam por causar perda de fluidos corporais. Ademais, cada xícara de chá faz com que o corpo perca pelo menos dois copos de água.

Mito 6: A ingestão de cerveja é útil para cálculos renais

A cerveja causa a perda de grandes quantidades de fluidos corporais vitais, o que acaba gerando cálculos renais. Além disso, a bebida contém vários produtos químicos que podem causar pedras nos rins.

Mito 7: Ficar em um ambiente com ar condicionado não tem relação com a formação de pedras

A atmosfera com ar condicionado é pobre em umidade do ambiente. Portanto, se o paciente vive e trabalha em um local com ar-condicionado por um longo período, pode ocorrer um cálculo renal.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba!

A CAUSA MAIS COMUM DE PÊNIS PEQUENO TEM SOLUÇÃO!

penis pequenoUma queixa comum no consultório do urologista é de pênis pequeno. Entretanto, a grande maioria dos pacientes não apresenta um falo de tamanho anormal, mas este se encontra embutido na gordura pré-pubiana, e apenas uma pequena parte do pênis é visível. Esta situação é conhecida como pênis embutido, sendo completamente diferente de micropênis, que é um problema mais raro. 

Sob a queixa comum de pênis pequeno, esconde-se o pênis embutido, em adolescentes e adultos obesos ou após cirurgia bariátrica.

O pênis embutido pode ser congênito ou adquirido com os anos, geralmente decorrente de obesidade e  envelhecimento. Com o progressivo ganho de peso o quadro pode tornar-se pior devido ao acúmulo de gordura na região pré-pubiana, escondendo ainda mais o pênis.
 
Homes que realizaram cirurgia bariátrica também podem apresentar este pênis escondido pelo excesso de pele resultante do emagrecimento, o que causa uma aparente retração peniana.
 
Estes homens com pênis embutido podem ter problemas sexuais pois as ereções podem ser dolorosas, com dificuldade de penetração vaginal ou mesmo impossibilidade, além do constrangimento psicológico que esta condição normalmente causa.
 
Sintomas urinários também podem estar presentes, como gotejamento, jato múltiplo e necessidade de manobras para urinar em pé, ou mesmo a necessidade de urinar sentado.
 
A higiene local também se torna difícil, devido à pele redundante no local e acúmulo de suor e umidade, podendo causar micoses e infecções bacterianas no local.
 
A perda de peso pode melhorar parcialmente a condição, principalmente em pacientes mais jovens e com obesidade moderada, mas nos casos mais graves, ou quando a perda de peso não é possível a cirurgia para retirada do excesso de pele e gordura pré-pubiana se torna necessária.
 
A técnica cirúrgica foi descrita no final dos anos 90 por Gary Alter e tem se mostrado muito eficaz no tratamento estético e funcional destes pênis embutidos. Realiza-se uma incisão transversa na região supra-púbica e retira-se uma camada de gordura da região bem como a pele redundante, o que permite uma melhor exposição peniana. Uma abordagem na parte inferior do pênis melhora também a transição entre o pênis e o escroto, o que torna o corpo peniano ainda mais visível, conferindo grande satisfação aos pacientes operados.
 
Dr. Schneider realiza este procedimento tanto em crianças quanto em pacientes adultos e mais idosos, possibilitando uma sensível melhora na qualidade de vida destes indivíduos.

A importância da laparoscopia urológica

Você sabe o que é laparoscopia? O termo “láparos” tem origem grega e quer dizer abdome. No início da aplicação da palavra, laparoscopia, em livre tradução, significava olhar no interior do abdome. Atualmente, é usada para se referir a uma intervenção cirúrgica minimamente invasiva. A laparoscopia é um procedimento bastante consagrado na medicina, por oferecer benefícios como maior segurança, mais rapidez, menor trauma e melhor recuperação em comparação às convencionais cirurgias abertas. Desde 1987, quando foi usada pela primeira vez para retirar a vesícula, a técnica começou a se expandir mundialmente, embora já tivesse acontecido outras utilizações menos ambiciosas décadas antes. Hoje em dia, graças aos avanços constantes da medicina, é possível acessar diversos órgão humanos via laparoscopia. Vale destacar que atualmente a técnica laparoscópica é muito usada em procedimentos ginecológicos e urológicos. Por falar nisso, hoje vamos conversar especificamente sobre a importância da laparoscopia urológica. Quer saber mais acerca do assunto? Leia o artigo completo.

Como é feita a laparoscopia?

A laparoscopia é um procedimento feito a partir de pequenas incisões. É introduzido na região a ser operada um aparelho que contém minicâmera na extremidade (laparoscópio). Essa câmera transmite imagens para os monitores de vídeo, facilitando, assim, a visualização do interior da cavidade abdominal. As imagens podem ser gravadas para análise posterior, a depender de cada caso. Inicialmente essa técnica era aplicada apenas para fins diagnósticos. Já a laparoscopia atual possibilita que cirurgias sejam realizadas, além de permitir a coleta de tecidos para biópsias, o que antes só acontecia através de operações abertas e com grandes cortes.

Laparoscopia e urologia: qual é a relação?

A relação entre laparoscopia e urologia se iniciou em 1976, quando o exame laparoscópio em um jovem de 18 anos revelou dois testículos intra-abdominais. No entanto, só anos mais tarde, já em 1990, nos estados Unidos, houve a introdução definitiva da laparoscopia urológica. Na ocasião, foi realizada uma nefrectomia (retirada dos rins) em uma paciente idosa, portadora de oncocitoma (tumor renal primário benigno).

Para que serve a laparoscopia urológica?

A laparoscopia urológica é muito útil para fins diagnósticos e, também, para objetivos terapêuticos. Ela é capaz de auxiliar no tratamento de variadas enfermidades urológicas, como câncer de testículo, câncer renal, problemas nas glândulas adrenais, câncer de próstata, câncer de bexiga, estenose do ureter, litíase ureteral, etc.

Qual é a importância dessa técnica?

A técnica laparoscópica é mais confortável e segura para o paciente. Por ser minimamente invasiva, a duração do procedimento é mais curta e o risco de complicações como hemorragia e infecção são menores. O tempo de internação costuma ser breve, a dor é menor do que a dor em operações abertas e as cicatrizes tendem a ser discretas, uma vez que as incisões são pequenas. Quer saber mais sobre a laparoscopia urológica? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba!

Câncer de próstata

O câncer de próstata é o tumor maligno mais freqüente nos homens acima de 50 anos (excetuando-se o câncer de pele). E sabe-se que aos 100 anos 100% dos indivíduos terão câncer na próstata. A multiplicação das células cancerígenas costuma ser lenta e sua evolução clínica pode durar vários anos. Uma minoria dos casos entretanto está nos extremos, ou seja, aqueles que não vão desenvolver doença clínica e não terão sua vida molestada pelo câncer (tumor indolente), ou ainda aqueles que têm um tumor muito agressivo, de rápida progressão, e que acomete com mais frequência pacientes mais jovens. O diagnóstico é realizado através da biópsia da próstata guiada por ultrassonografia transretal nos pacientes que apresentam alteração do toque retal (nódulo na superfície da próstata) e/ou na dosagem sanguínea de PSA. O tratamento tem elevados índices de cura naqueles pacientes cujo diagnóstico é realizado na fase inicial da doença. Dentre as opções terapêuticas, destacam-se a prostatectomia radical (remoção cirúrgica da próstata e vesículas seminais), a radioterapia externa, a braquiterapia, e nos casos mais avançados, a hormonioterapia.

Sabendo-se portanto que o câncer de próstata se desenvolve lentamente, e que nas fases mais iniciais a chance de cura é alta, o objetivo do urologista e das políticas de saúde (como as campanhas de próstata realizadas em nosso país) é identificar e tratar esse tumor numa fase inicial, buscando resultados curativos. Essa lógica justifica a realização de monitorização anual da próstata nos pacientes acima de 50 anos, antecipando-se em 5 anos nos casos de maior risco (indivíduos com antecedente familiar de câncer de próstata –pais, irmãos e tios- e negros).

Qual a freqüência do câncer de próstata?

É o câncer mais freqüente no homem e aumenta com a decorrer dos anos. Na Alemanha, dados epidemiológicos evidenciam que muito raramente acontece antes dos 45 anos e somente 10,6% dos cânceres diagnosticados foram antes dos 60 anos. A incidência aumenta para 66 casos a cada 100.000 homens entre 45-59 anos, para 430 homens entre 60-74 anos e 810 em indivíduos acima de 75 anos.
Nos EUA a mortalidade por câncer de próstata é a segunda entre os que morrem por câncer. Porém, com o aumento do diagnóstico precoce, esta taxa de mortalidade tem diminuído progressivamente.

O que é câncer de próstata localizado?

O câncer de próstata localizado é o câncer que não se estende para fora da próstata. Se o câncer encontra-se em outras partes do corpo é mais difícil tratar e a mortalidade aumenta. Atualmente muitos tumores de próstata estão confinados à próstata. Se não tratados, os tumores localizados podem crescer e estender-se a outras partes do corpo. Alguns tumores de câncer de próstata crescem muito rápido, mas a maioria dos tumores cresce muito lentamente, por vários anos. Por conseguinte, um homem de 80 anos com câncer de próstata localizado de crescimento lento provavelmente não irá morrer por causa do câncer de próstata, mas com o câncer de próstata.

Quais os sintomas do câncer de próstata localizado?

Com a elevação da idade os homens podem ter sintomas urinários característicos do envelhecimento. Esses podem incluir o enfraquecimento do fluxo urinário, aumento da freqüência ao banheiro, tanto de dia como de noite, dentre outros. Isto não significa que eles têm câncer de próstata. O mais provável é que os pacientes com câncer localizado na próstata não apresentem nenhum sintoma e por isso realiza-se o screening de próstata anual, a partir dos 50 anos, antecipando em 10 anos naqueles com risco aumentado (aqueles que têm pais, irmãos ou tios que tiveram câncer de próstata).

Como realizar o check up de câncer de próstata?

Dois são os métodos principais de busca do câncer de próstata: toque retal e dosagem sanguínea de PSA. O toque retal é realizado pelo urologista com uma luva lubrificada, introduzindo-se o dedo indicador palpando a face anterior do reto, sentindo-se então a superfície da próstata por contiguidade. Nesse local da próstata encontra-se boa parte dos tumores de próstata (zona periférica). Irregularidades na superfície ou um nódulo à palpação podem ser indicativos de câncer de próstata e então a biópsia é indicada.

O PSA é uma proteína produzida por células dentro da próstata. Nos homens o PSA pode ser dosado no sangue. A próstata normal não produz PSA em excesso, e um aumento do PSA pode estar relacionado a câncer de próstata, ou a doença benigna da próstata como hiperplasia benigna ou prostatite. Por outro lado dosagem de PSA no sangue baixa não significa que não haja câncer de próstata. O câncer de próstata em fases iniciais pode não apresentar alteração dos níveis de PSA, porém atualmente, a maioria dos tumores diagnosticados teve como alteração inicial a dosagem de PSA.
Para se confirmar o diagnóstico a partir da alteração do toque ou PSA a biópsia transretal é necessária. Durante o procedimento, vários pequenos fragmentos de tecido são removidos com uma agulha guiada por ultrassonografia. O patologista analisa as amostras de tecido de próstata sob um microscópio e determina se há câncer. Muitos homens que fazem a biópsia não têm câncer. Complicações sérias depois da biópsia são raras. Eventualmente pode ocorrer infecção ou hemorragia retal.

O que é o grau do tumor (chamado grau de Gleason)?

Se a biópsia mostrar câncer de próstata, o patologista dá-lhe um grau. O grau representa o nível de alteração da arquitetura celular e tecidual do tumor de próstata e indiretamente é uma medida que indica o quão rapidamente o tumor vai crescer ou progredir. O sistema de classificação mais comum é chamado de Gleason. Esse número pode variar de 2 a 10 e esse número representa a soma dos dois padrões de diferenciação mais comuns. O menor valor geralmente encontrado é 5 ou 6, ou seja, o menos agressivo. Tumores com Gleason 7 têm agressividade mais alta e aqueles com Gleason 8, 9 ou 10 tumores são os mais agressivos. Estes últimos (8, 9, e 10) normalmente já se estendem para além da cápsula prostática.

O que é estadiamento do tumor?

O estadiamento do tumor mostra o tamanho e extensão do câncer. Um pequeno volume de células tumorais localizados numa pequena parte da próstata têm maior chance de cura que um tumor que toma a próstata como um todo. Assim também, o câncer localizado na próstata tem maior chance de cura que aqueles que se estendem além da cápsula da próstata. Finalmente, tumores que acometem órgãos longe da próstata como nódulos linfáticos ou ossos, têm resultados mais pobres.

O que deve ser considerado na escolha do tratamento?

Quatro fatos são muito importantes na escolha do tratamento do câncer de próstata. Esses são: quanto tempo de vida você espera ter (expectativa de vida), condição geral de saúde, as características do tumor (como discutido acima) e os seus valores ou preferências pessoais:

Expectativa de Vida: Quanto tempo se espera que você viva?

A expectativa de vida, e não a idade paciente, é o que importa para se escolher um tratamento.

Quando a expectativa de vida de um homem é bastante longa, o câncer de próstata localizado pode causar doença e morte. Em pacientes mais velhos, com menor expectativa de vida, a possibilidade de evolução do câncer ou risco de morte pelo câncer é menor.

Condição geral de saúde: Que outros problemas de saúde você tem?

A condição geral de saúde inclui a história de saúde do paciente, e a história de saúde de sua família. Ela também inclui o seu estado de saúde atual e a gravidade de qualquer outra doença que possa ter. A saúde total influi na expectativa de vida. Para alguns homens, a sua condição geral de saúde pode influir no risco de complicações de alguns tratamentos do câncer de próstata. Por exemplo, alterações urinárias, sexuais e disfunções intestinais podem ocorrer em alguns homens mais do que em outros.

Valores ou Preferências Pessoais: O que é importante para você?

Cada homem tem prioridades diferentes e pode decidir pela melhor forma de tratamento para si. Alguns podem preferir o simples acompanhamento e decidir iniciar tratamento específico apenas com a documentação de crescimento do câncer. Outros preferem ter o tumor retirado o mais rápido possível de seu corpo, de forma completa. Outros ainda preferem tratamentos com menores chances de cura, mas com menos complicações. A decisão do tratamento deve também ser tomada baseando-se nestes valores. Quanto às diferentes formas de tratamento e suas complicações, também pode haver uma priorização de uma forma sobre outra, de acordo com o estilo de vida e preferência do paciente. Isto ficará mais claro abaixo, com a análise de cada tratamento, sua resolutividade e complicações.

Como escolher a forma de tratamento do câncer de próstata localizado?

Três tratamentos habituais do câncer de próstata localizado são a vigilância ativa, radioterapia e cirurgia. Não há nenhuma informação que mostra que um tratamento é claramente melhor do que os outros. Em homens com um câncer agressivo, a possibilidade de o tumor se desenvolver é alta com qualquer um desses tratamentos.

Vigilância ativa ou espera vigilante, é baseada no fato que alguns cânceres de próstata nunca irão ameaçar de vida. Nessa abordagem, PSA e toque retal são realizados periodicamente, e até mesmo a biópsia de próstata pode ser feita de forma regular. Outros tratamentos podem ser iniciados a qualquer momento se o câncer mostrar sinais de crescimento ou de progressão.

A segunda escolha, radioterapia, inclui dois tipos: braquiterapia e radioterapia externa. Com a braquiterapia, pequenas “sementes” radioativas são implantadas na próstata. Antes do tratamento o tamanho (o volume) da próstata é verificado pelo ultrassom transretal para se decidir a dosagem das sementes. Essas sementes então são colocadas na próstata por meio de agulhas que atravessam a pele entre o escroto e ânus (períneo). Com radioterapia externa, a próstata e outros tecidos importantes são tratados com um feixe de radiação cuidadosamente direcionado. Em alguns pacientes, a combinação de hormonioterapia (tratamento não curativo do câncer de próstata) e radioterapia externa pode diminuir a mortalidade pela doença.
A terceira escolha, prostatectomia radical, é uma cirurgia que retira a próstata. O termo “radical” significa que próstata inteira bem como os tecidos próximos e as vesículas seminais são removidas pela cirurgia.

Outros tratamentos, como hormonioterapia e crioterapia, têm sido usados para o tratamento do câncer de próstata, porém sob condições clínicas específicas. Continuamente novas formas de tratamento, principalmente com a associação dos diferentes métodos aqui apresentados têm sido estudadas e o conhecimento se amplia a cada ano, buscando sempre a melhora nos índices de cura e remissão da doença ou controle e estabilização nos casos mais graves.

Quais os benefícios e riscos de cada tratamento?

Espera Vigilante / Vigilância Ativa

A abordagem do câncer de próstata localizado com exames regulares sem nenhum tratamento tem duas vantagens principais: baixo custo e nenhuma complicação imediata. A espera vigilante pode ser uma escolha pessoal ou uma escolha porque o homem tem uma expectativa de vida muito curta e quer evitar os possíveis problemas com o tratamento. Vigilância ativa pode também ser uma boa escolha para homens com expectativa de vida mais longa, mas com tumor de baixo risco. Esses homens normalmente têm um grau de Gleason mais baixo, bem como o nível de PSA e o estadio clínico. Os estudos demonstram que um paciente com câncer de próstata localizado, de baixo grau tem uma possibilidade pequena do tumor crescer nos primeiros 10 anos de diagnóstico.

A desvantagem principal da espera vigilante e vigilância ativa é que dentro de algum tempo o câncer pode ficar pior e até intratável. Os sinais de piora de câncer e o tempo exato para começar o tratamento nem sempre são conhecidos. Se o câncer avança para fora da próstata no intervalo entre os exames de acompanhamento, então pode ser o caso de difícil cura nesta fase. Quando o câncer de próstata se estende para outros órgãos (metástase), ele muitas vezes estende-se para os ossos. Isto é doloroso e pode impedir um homem de participar nas suas atividades diárias normais e afetar a sua qualidade de vida.

Radioterapia (Braquiterapia ou radioterapia externa)

O benefício dessa terapia bem como da prostatectomia radical (cirurgia) é que com ela o câncer de próstata pode ser curado.

A vantagem da radioterapia está em ser menos invasiva que a cirurgia. Além disso, as duas complicações mais inconvenientes do tratamento cirúrgico (incontinência urinária e disfunção erétil) são menos freqüentes com a radioterapia. Contudo, a principal desvantagem é deixar a próstata no corpo. É possível que algumas células de câncer permaneçam e cresçam no futuro.

Embora os novos métodos atuais (radioterapia conformacional e de intensidade modulada) causem menos dano a tecidos normais adjacentes à próstata, podem ocorrer complicações intestinais, de trato urinário e genitais.

Braquiterapia

A braquiterapia consiste na colocação de sementes radioativas (iodo, paladium e o iridium de alta taxa de dose) dentro da próstata, guiado por ultrassonografia.

A vantagem da braquiterapia é ser este um tratamento único, realizado em uma só sessão. Contudo, ele necessita anestesia para a colocação das sementes (raquianestesia), em ambiente cirúrgico. Os problemas gastrintestinais são as complicações mais comuns. Disfunção erétil e incontinência urinária ocorrem muito raramente. Outras complicações urinárias como aumento da freqüência urinária e dor para urinar podem ocorrer, mas também não são freqüentes. Logo após a colocação das sementes pode ocorrer sangramento na urina, mas que remite em até 6 semanas.

Radioterapia externa

A radioterapia externa consiste em se dirigir cuidadosamente um feixe de radiação sobre a próstata para atingir as células de câncer. Não é necessário anestesia, e o paciente fica alguns minutos na mesa recebendo a irradiação. São necessárias várias sessões diárias, geralmente cinco dias por semana, de sete a oito semanas. Com os métodos atuais, a radiação necessária para a próstata pode ser mais focalizada, preservando-se melhor as estruturas vizinhas como bexiga e reto. Em indivíduos que tiveram doenças intestinais como a doença de Crohn ou colite ulcerativa ou receberam radiação na pelve, a radioterapia externa não é uma boa escolha.

Como a braquiterapia, a radioterapia externa pode causar problemas gastrointestinais. Diarréia e perda de fezes são as complicações mais freqüentes. Disfunção erétil e incontinência urinária podem ocorrer, geralmente após um período de alguns anos após a terapia, e são menos freqüentes. Sintomas irritativos do trato urinário (queimação ao urinar ou urgência para urinar) são problemas habituais relatados pelos pacientes logo após a radioterapia externa. Pode haver melhora dessa sintomatologia no prazo de 1 a 2 anos. Dor retal pode ocorrer no primeiro ano, mas diminui com o tempo. Sangue na urina (hematúria) é raro.

Prostatectomia Radical

Prostatectomia radical é uma cirurgia na qual a próstata é retirada. O procedimento é realizado sob anestesia geral e o paciente fica internado habitualmente por 3 a 4 dias, e recebe alta com uma sonda na uretra, que é removida entre 10 e 14 dias após a cirurgia, no consultório.

A grande vantagem da cirurgia é a retirada completa das células cancerígenas, na próstata. Contudo, se o câncer já se estendeu, então a remoção da próstata pode não curar o doente. Entretanto, a prostatectomia radical oferece ao paciente com câncer localizado na próstata a possibilidade de cura completa.

A principal desvantagem da prostatectomia radical é a possibilidade de complicações da própria cirurgia. A disfunção erétil e a incontinência urinária são os problemas mais freqüentemente relatados. O risco de disfunção erétil está relacionado à idade do paciente, à sua saúde geral, a sua função sexual antes do tratamento, o estadio do tumor, e a possibilidade de preservar os nervos que controlam a ereção durante a cirurgia. Homens mais jovens (menos de 60 anos) e com tumores menores têm mais chance de preservar a potência que os mais idosos e com tumores maiores. Geralmente nos primeiros meses após a cirurgia a grande maioria dos pacientes vão apresentar disfunção erétil, mas as ereções podem voltar a normal em até um ano. Há também as medicações orais e injeções no pênis que podem ser usadas com sucesso mesmo após a cirurgia. Nos casos em que nenhuma dessas condutas sejam efetivas, pode-se colocar uma prótese peniana, habitualmente com bons resultados funcionais.

Quanto à incontinência urinária após a prostatectomia radical, ela normalmente melhora ou se resolve com o tempo. Todos os pacientes perderão urina logo após a retirada da sonda e vão melhorando após, no período de até um ano. Em torno de 5% apresentam incontinência urinária após um ano da cirurgia e necessitam tratamento específico, com um outro procedimento cirúrgico para aumento da resistência uretral (sling masculino, balão peri-uretral pro-act e esfícnter artificial). Raramente podem ocorrer outras complicações como dificuldade para urinar por estreitamento da saída da bexiga (local operado – anastomose vésico-uretral) e infecções urinárias. Caso ocorra estenose da anastomose, uma pequena cirurgia pelo canal da urina é realizada para se corrigir o estreitamento.

Como prevenir o câncer de próstata?

Esse tópico ainda encontra-se nebuloso nos arquivos do conhecimento médico atual. Entretanto, sabe-se que quaisquer que sejam os métodos, eles devem ser utilizados por vários anos, ao longo da vida, e não apenas após os 50 anos.
Sabe-se que a ingestão de gordura animal está relacionada a maior incidência de câncer de próstata, e hábitos alimentares saudáveis tentem a diminuir esta ocorrência.

A obesidade está relacionada a tumores mais graves, embora não esteja comprovada a relação entre obesidade e maior ocorrência do câncer de próstata, sabe-se que pacientes não obesos ou aqueles que ingerem menor quantidade de gordura animal têm tumores menos agressivos e uma evolução mais benigna que aqueles que ingerem maior quantidade de gordura.

Alguns alimentos contendo substâncias específicas têm sido referidos como tendo efeito na prevenção do câncer de próstata:

  • Licopeno: O licopeno é um beta-caroteno natural, responsável pela cor vermelha de alguns alimentos. Encontra-se em leguminosas como o tomate, a cenoura e em frutas como o mamão, a melancia, a goiaba. O licopeno, segundo estudos realizados na Universidade de Harvard, parece diminuir em até 35% os riscos do câncer de próstata. Tudo indica que possui uma ação inibidora sobre as células neoplásicas. E na forma cozida, o tomate tem licopeno em maior biodisponibilidade que na forma crua.
  • Alho e Cebola: Há indícios de prevenção do câncer de próstata em até 30%, pelo composto sulfuroso – o allium-, que também é responsável pelo cheiro característico.
  • Soja: Vegetal da família das leguminosas, é a mais rica em isoflavonóides (estrógenos vegetais). Uma das evidências que sugerem seu benefício em relação à prevenção do câncer de próstata é que os orientais, que tem uma dieta rica em soja, tem risco menor do que os ocidentais. Entretanto, quando orientais mudam para os Estados Unidos, mudando a dieta alimentar, a doença torna-se equivalente entre as duas raças
  • Selênio e vitamina E: Alguns estudos sugerem que a ingestão dessas substâncias em alimentos naturais podem prevenir o câncer de próstata. Encontramos Vitamina E em nozes, sementes, clara de ovo e óleos, e Selênio na castanha-do-pará, na noz-pecã, nos frutos do mar, aves, carnes vermelhas e grãos. A ingestão de duas nozes por dia, por exemplo, supriria as necessidades diárias de cada indivíduo.
    Verduras: Sabe-se que as populações que consomem mais verduras como brócolis, couve-flor, espinafre estão menos pré-dispostas ao câncer de próstata. Porém ainda não há estudos conclusivos de seu benefício.
  • Chá Verde: Acredita-se que a ingestão diária de dois copos de chá verde (220 ml/dia) seria importante para prevenir e evitar a recidiva do câncer de próstata, mas cientificamente não há provas consistentes desse efeito.

Encerrando, apesar de as doenças atualmente serem cada vez melhor tratadas, com mais recursos da medicina diagnóstica, terapêutica e até mesmo com evolução do conhecimento na medicina alternativa, considero que uma vida equilibrada, sem excessos na alimentação e no trabalho, lembrando-se sempre de priorizar a atividade física e o descanso como atividades fundamentais para preservação da saúde, são feitos essenciais na preservação da vida e na prevenção de doenças que pouco a pouco vão se desenvolvendo surdamente em nosso corpo, e que explodem repentinamente gerando tristeza, desânimo, dor e sofrimento.

Por isso, amigos: Carpe Diem!

Saúde!

Dr. Edison Schneider Monteiro
Doutor em Urologia pela Faculdade de Medicina da USP
Título de especialista da Sociedade Brasileira de Urologia (TiSBU)
Docente da Divisão de Urologia da PUC – CAMPINAS

Câncer de próstata: diagnóstico e tratamento

O câncer de próstata é a segunda causa de morte por carcinoma mais frequente em homens no Brasil e é responsável por mais de 14 mil óbitos por ano, segundo dados do Ministério da Saúde (MS). 

Estima-se, ainda, de acordo com o MS, que a cada 100 mil homens, 66 desenvolverão a doença. Apesar dos números alarmantes, há grande resistência por parte dos homens em relação à realização do exame e à busca de informações. 

Neste post, entenderemos um pouco mais sobre o tema. Confira!

Como é o diagnóstico de câncer de próstata?

Trata-se do resultado do crescimento descontrolado de células, que resulta na formação de tumores (classificados como benignos ou, no caso do câncer, malignos). Grande parte dos pacientes desenvolve a doença de forma lenta, sem a presença de sintomas ou ocorrência de prejuízos para a saúde. 

Em casos mais graves, o tumor pode se desenvolver rapidamente, evoluindo para uma metástase (quando a doença se espalha e afeta outros órgãos do corpo). Sendo assim, o acompanhamento médico periódico é essencial no diagnóstico precoce da doença. A presença do tumor maligno na próstata é confirmada por meio de biópsia. 

O procedimento é solicitado pelo médico quando é constatada alguma alteração no exame de toque retal ou no exame de sangue (PSA). Por meio do toque retal, o médico avalia o tamanho, a forma e a textura da próstata. Já pelo PSA, é possível medir a quantidade de Antígeno Prostático Específico, proteína produzida pela próstata que, em altos níveis, pode indicar a presença de tumores. 

Alguns sintomas podem auxiliar o paciente na identificação da doença. A micção deve ser monitorada e ao observar dificuldades ao urinar, diminuição do jato ou aumento da frequência, demora ao começar e terminar de urinar, além da presença de sangue é preciso procurar um médico. 

Qual é o tratamento indicado?

A indicação é feita de maneira individual, analisando riscos e benefícios, caso a caso. O procedimento mais utilizado é a cirurgia, que pode vir acompanha de tratamentos, como radioterapia e hormônios, para potencializar os resultados em casos de metástase. 

Alguns fatores de risco podem aumentar as chances de surgimento do câncer de próstata, por exemplo, a idade, já que a maioria dos casos afeta homens acima dos 55 anos. Outro ponto é o histórico familiar, pessoas com casos da doença na família (especialmente em parentes próximos, como pai, avô e irmãos) devem monitorar os sintomas e fazer acompanhamento médico periódico. 

Há também estudos que comprovam a relação entre a obesidade ou o sobrepeso e a manifestação de tumores malignos. É responsabilidade da pessoa monitorar sintomas e cuidar da saúde. Ao identificar alterações no organismo, procure seu médico de confiança. 

Além disso, é importante adotar hábitos saudáveis, com foco na prevenção do câncer de próstata. Dietas ricas em grãos, cereais integrais, frutas, verduras e legumes são aliadas na diminuição dos riscos. Ainda, invista na prática de atividades físicas, mantenha o peso corporal adequado, diminua a ingestão de bebidas alcoólicas e evite fumar. 

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba!

Cirurgia Robótica – O Futuro Chegou!

robotica-hosp-9-julho.jpgO incrível avanço tecnológico das últimas décadas tem se refletido diretamente no implemento de avançadas técnicas na medicina, tanto no diagnóstico como no tratamento. E na área cirúrgica a laparoscopia, já amplamente empregada, tem um novo aliado: a cirurgia robótica!

Os robôs vem sendo cada vez mais empregados em todas as áreas de produção e nesta última década foram definitivamente incorporados na medicina, mais especificamente na pratica cirúrgica.
 
A cirurgia laparoscópica é realizada através de pequenas incisões pelas quais se colocam os instrumentos para a realização da cirurgia.
A cirurgia robótica segue o mesmo princípio, mas quem move estes instrumentos, de forma tridimensional, é um robô. Todos os movimentos do robô são comandados pelo cirurgião, que fica em um console de trabalho, ao lado. Neste, o cirurgião tem uma visão tridimensional (3D) do campo cirúrgico, através da câmara que está no paciente. Junto do paciente o cirurgião auxiliar comanda a entrada e saída de pinças e materiais cirúrgicos, como fios e clipes.
 
As cirurgias laparoscópica e robótica são chamadas de procedimentos minimamente invasivos por apresentar inúmeras vantagens, em comparação com a cirurgia aberta, tradicional, a saber: melhor aspecto estético, menos dor no pós-operatório, menor necessidade de medicação analgésica, recuperação mais rápida e retorno a atividades habituais, menor sangramento e em muitos casos, menor tempo cirúrgico. Além disso, nas cirurgias de próstata, retirada mais rápida da sonda vesical e menor necessidade de se usar um dreno abdominal no pós-operatório.
 
A cirurgia auxiliada por robô acrescenta ainda outras vantagens, tais como:
  • Remoção mais precisa do câncer
  • Diminuição de tremores eventualmente apresentados pelo cirurgião durante a cirurgia
  • Melhor capacidade de se fazer preservação de nervos (no caso da próstata, preservação de ereção no pós-operatório)
  • Na cirurgia de próstata: retorno mais rápido da função sexual e melhora da continência urinária no pós-operatório
 
Utilizando a plataforma da cirurgia robótica o cirurgião controla durante toda a cirurgia, com extrema precisão:
  • A visão em 3D e com magnificação de até 10 vezes
  • A remoção do órgão/tumor meticulosamente
  • Trabalha com precisão junto de nervos importantes e que devam ser preservados
 
No Brasil, ainda temos poucos robôs, a maioria em hospitais em São Paulo.
 
Muito embora muitos médicos já ofereçam a cirurgia robótica a seus pacientes, são poucos aqueles que estão aptos a realizá-las.
 
Além de ser uma tecnologia recente, cara e pouco disponível, demanda um treinamento específico para se tornar um cirurgião robótico.
 
Dr. Schneider, experiente cirurgião, com excelente formação tanto no Brasil (doutor pela Faculdade de Medicina da USP) como no exterior (Fellow da Universidade de Mainz – Alemanha), tem realizado cirurgia laparoscópica há 15 anos, com excelentes resultados e proficiência, incluindo as cirurgias mais complexas como prostatectomia radical e nefrectomia parcial. Após constatar a maior eficácia e precisão da cirurgia robótica, fez o treinamento preconizado pela fabricante no Robô Da Vinci, com várias horas de treinamento virtual on-line, treinamento em simuladores e treinamento em animais, em Bogotá – Colômbia. Após essa capacitação e habilitação, realiza suas cirurgias robóticas em São Paulo, nos hospitais 9 de Julho, Albert Einstein e São Luiz.
 
Clientes tanto de São Paulo como do interior são operados e acompanhados pelo Dr. Schneider durante toda a internação, recebendo um atendimento humanizado, atualizado e competente, garantindo não apenas o sucesso do tratamento, mas também a satisfação emocional que todo este processo exige.

Cirurgia robótica e medicina integrativa: como melhorar ainda mais os resultados

A Medicina está em constante evolução, o que é muito importante para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Até pouco tempo, cirurgias poderiam ser realizadas apenas por cirurgiões e outros profissionais. Agora existe a opção da cirurgia robótica, que envolve procedimentos menos invasivos e muito mais precisos.

Claro que a presença dos robôs não torna a prática cirúrgica menos humana. Muito pelo contrário, é preciso que a medicina integrativa também se destaque, de forma a manter uma relação forte entre o médico e o paciente. 

Assim, fica mais fácil escolher a técnica mais precisa para cada pessoa, de forma a curar não apenas sintomas, mas descobrir suas causas.

O que é e quais são os benefícios da cirurgia robótica

Antes de tudo, é preciso entender que os médicos não serão substituídos pelos robôs. Essas máquinas precisam de uma pessoa para operá-las. Então, o objetivo da cirurgia robótica é tornar os procedimentos mais rápidos, seguros e precisos. 

Seu uso começou a ser feito na urologia e na ginecologia, apesar disso, já é visto também em outras áreas da medicina. Seus principais benefícios envolvem:

  • Redução de sangramentos;
  • Redução de complicações e infecções pós-cirúrgicas;
  • Facilidade do cirurgião em executar movimentos complexos;
  • Alta precisão;
  • Redução no tempo do procedimento;
  • Qualidade de imagem 3D.

O que é a medicina integrativa e como beneficia o paciente

A medicina integrativa envolve compreender as necessidades do paciente e buscar técnicas minimamente invasivas para que recupere sua saúde. Inclui práticas físicas e de relaxamento e todas são realizadas individualmente. Além disso, não envolvem nenhuma prática religiosa.

A ideia é que a medicina integrativa identifique sintomas que são causados por estresse e ansiedade e que podem ser tratados de forma natural, sem a necessidade de medicamentos. Mais do que tratar os sintomas, o médico irá trabalhar para encontrar a causa do problema.

Os principais benefícios da técnica envolvem:

  • Aumento da qualidade de vida do paciente;
  • Tratamento e prevenção de doenças;
  • Trabalha corpo, mente e espírito de forma integrada;
  • Pode ser aliada a medicina tradicional, como um tratamento complementar.

Em nenhum momento a medicina integrativa despreza a ciência ou a medicina tradicional. Muito pelo contrário, todas as suas técnicas são estudadas e o objetivo é ajudar o paciente. Se for necessário o uso de medicamentos, poderá ser aliado a uma terapia alternativa, para que o paciente cure sintomas e mude seu estilo de vida.

A união da cirurgia robótica e a medicina integrativa

cirurgia robótica pode ser aliada da medicina integrativa. Até porque, ambas se preocupam com o bem-estar e recuperação do paciente. Assim, uma pessoa pode conversar com seu médico e optar por um procedimento cirúrgico menos invasivo e, em seguida, adotar a terapia alternativa para complementar sua recuperação.

O que fica claro é que nas duas situações há a preocupação com a recuperação completa do paciente, de forma a melhorar sua qualidade de vida. Dessa maneira, é possível potencializar resultados.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba!

Cirurgia robótica em crianças

robo e criancaA evolução da cirurgia robótica por mais de 15 anos permite realizar cirurgia até mesmo em bebês com precisão e segurança.

A cirurgia robótica tem se estabelecido como a melhor opção em algumas cirurgias urológicas de adultos, principalmente pelo seu caráter minimamente invasivo.

Vantagens como as pequenas incisões que demandam menos dor e promovem recuperação mais rápida são claramente estabelecidos com esta tecnologia. Além disso, detalhes do procedimento cirúrgico são grandes diferenciais, como a delicadeza dos movimentos das pinças robóticas, sua amplitude de movimentos de 360°, precisão e firmeza dos movimentos, bem como a visão em 3 dimensões e magnificação da imagem em até 40x.
Em adultos estas vantagens já têm se traduzido em resultados melhores, com menor índice de complicações e melhora mais rápida, principalmente nas cirurgias renais e de próstata.

Em crianças, dadas as dimensões dos pacientes e necessidade de maior treinamento da equipe, a cirurgia robótica vêm se desenvolvendo mais lentamente, mas aos poucos vem estabelecendo seu lugar. Em muitos hospitais dos EUA e Europa tem substituído a laparoscopia, com resultados clínicos semelhantes, agregando uma tecnologia que melhora a precisão, diminui o campo de dissecção interna, sem perder a qualidade do resultado final. Agrega ainda conforto maior ao cirurgião e já se visualiza a realização de procedimentos mais complexos, com grandes ganhos ao paciente.

Dentre as cirurgias realizadas por robô dentro da urologia pediátrica, estão a pieloplastia (correção de estenose de junção ureteropiélica), reimplante ureteral (correção de refluxo vesicoureteral), nefrectomias parciais (por tumor ou ausência de função), além das anastomoses uretero-ureterais (nos casos de duplicidade do sistema coletor).

Dr. Schneider é treinado em cirurgia robótica de adulto, e esta abordagem de forma frequente. Como tem também se dedicado à uropediatria (chefe do departamento de uropediatria da Sociedade Brasileira de Urologia – Seção São Paulo), dr. Schneider estagiou no Nicklaus Children´s Hospital em Miami, e como um entusiasta da cirurgia minimamente invasiva, aplica a técnica robótica nos pacientes pediátricos, trazendo esta tecnologia de ponta para o hemisfério sul, utilizando os métodos mais avançados de tratamento já disponíveis nos países desenvolvidos.

Cirurgia robótica em crianças: uma realidade no Brasil

Não é novidade que a facilidade de acesso às novas tecnologias ajudou muito a Medicina. Hoje, por exemplo, por meio da cirurgia robótica é possível ter mais precisão e menos riscos. Essa técnica nos permitiu reduzir os sagramentos, as infecções e as dores, justamente por se tratar de um recurso menos invasivo. Nesse quesito, o Brasil já é considerado o país que mais realiza o procedimento na América Latina, sendo os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais aqueles com mais profissionais atuantes. Isso quer dizer que esses mecanismos tecnológicos estão ajudando significativamente no avanço da saúde e também têm elevado as alternativas em termos de tratamento. Afinal de contas, a operação robotizada, que começou há 11 anos por aqui, tem contribuído, sobretudo quando falamos de cirurgias urológicas e abdominais. Na cirurgia pediátrica, por exemplo, os efeitos também são positivos. E, para mostrar o quanto isso só tem a crescer, neste artigo, explicamos um pouco mais sobre ela. Quer saber? Leia tudo até o final!

O que é a cirurgia robótica?

Como o próprio termo sugere, trata-se de uma cirurgia realizada com o auxílio de robô. Nessa técnica, o médico conta com a ajuda de um console para visualizar e comandar os joysticks conectados aos seus dedos. Esses joysticks ajudam a movimentar os braços do robô. Além disso, o endoscópio dá ao especialista uma visão privilegiada e em alta resolução das movimentações, com a possibilidade de visualizar a região operada em três dimensões.

Como a técnica beneficia as crianças?

Sabemos que, no geral, as operações provocam desconfortos e, a depender do caso, muita dor e demora na recuperação. No caso da cirurgia robótica em crianças, as vantagens são inúmeras, pois ela é menos invasiva e ainda possibilita ao paciente ter alta em até 24 horas, salvo em casos de complicações. Atualmente, as crianças brasileiras de diversos estados têm experimentado as vantagens desse procedimento. Por exemplo, há pouco tempo, na Bahia, uma menina de 4 anos foi submetida ao método para a retirada de um tumor da glândula suprarrenal. Caso essa operação fosse realizada da forma convencional, os traumas seriam maiores porque os médicos não teriam alternativa além de abrir o abdômen e tórax dela, causando um pós-operatório mais arriscado e doloroso.

Em quais casos a cirurgia robótica é recomendada?

Geralmente, as especialidades contempladas são urologia, oncologia, ginecologia, bem como as cirurgias geral, torácica, bariátrica, além da operação do aparelho digestivo. Por aqui, a cirurgia robótica em crianças vem sendo realizada em especial no tratamento de doenças congênitas, retiradas de tumores, entre outros motivos. Além do caso da garota da Bahia, outra menina de 4 anos, de Ribeirão Preto-SP, foi submetida à técnica por apresentar dilatação no rim. Os cirurgiões reconstruíram a área obstrutiva em duas horas e a paciente recebeu alta no dia seguinte. A cirurgia robótica em crianças tende a ser mais segura por ser menos invasiva e arriscada. Com pequenas incisões e menor tempo de hospitalização, a metodologia garante aos pequeninos melhor recuperação, uma vez que os traumas são menores e as dores também. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba!

Cirurgia robótica em urologia: quais os procedimentos

A cirurgia robótica, como o próprio nome sugere, é um procedimento cirúrgico assistido por robô. Trata-se de um dos mais atuais avanços na área de Medicina e os seus benefícios são inúmeros. Entre outras vantagens, a cirurgia robótica possibilita uma diminuição expressiva da agressividade do trauma, o que proporciona menor sangramento, mais segurança e rápida recuperação pós-cirúrgica. O grande marco da cirurgia robótica no mundo é a chegada do robô Da Vinci ao mercado americano, em 1999. Esse acontecimento revolucionou operações feitas em diferentes especialidades, inclusive na urologia. A novidade chegou ao Brasil no ano de 2008 e, desde então, tem conquistado espaço gradualmente na saúde nacional. Nos Estados Unidos a cirurgia robótica é amplamente difundida, tanto que há mais de 3 mil robôs em funcionamento. Por aqui, no entanto, existem cerca de 80 plataformas robóticas. Apenas os médicos mais conectados às novas tecnologias e os centros de saúde mais preparados utilizam essa inovação. Quer saber mais sobre a cirurgia robótica  em urologia e descobrir quais são os procedimentos cirúrgicos mais comuns realizados com a assistência de robôs? Leia o artigo completo e entenda melhor.

Urologia e cirurgia robótica

Sem dúvida nenhuma, a urologia foi a principal especialidade a comprovar a real utilidade e eficácia da técnica robótica em cirurgias. As operações conduzidas com o auxílio de robôs têm ajudado, por exemplo, nas cirurgias de rins e próstata. Só para ter ideia, nos EUA, aproximadamente 90% das cirurgias voltadas para tratar o câncer de próstata são feitas através da técnica robótica. No Brasil o número não é tão surpreendente porque a cirurgia robótica ainda está em ascensão no país.

A tecnologia em favor do trabalho humano

Ao contrário do que se possa imaginar, a cirurgia robótica não é feita pelo robô. Ela é auxiliada pelo robô, o que é bem diferente em termos práticos. O procedimento é realizado pelo médico cirurgião que, por sua vez, é responsável por controlar  os movimentos dos braços robóticos por meio de console. Além disso, a equipe cirúrgica precisa intervir para fazer a troca das pinças e demais ajustes necessários para o sucesso da operação. Daí a importância de contar com profissionais treinados e experientes para conduzir a cirurgia de maneira segura.

Procedimentos mais frequentes

A cirurgia robótica em urologia costuma ser utilizada para realizar procedimentos como a nefrectomia parcial (retirada do tumor renal sem retirar o rim) e nefrectomia total (remoção cirúrgica do órgão). Outros procedimentos incluem prostatectomia para tratar o câncer ou crescimento benigno da próstata, pieloplastia para tratamento da estenose da junção uretero-pélvica e cistectomia para retirada da bexiga.

Vantagens da cirurgia robótica em urologia

Há vantagens claras tanto para o médico quanto para o paciente. No caso dos pacientes, geralmente há melhores resultados oncológicos, menos dor no pós-operatório, menor risco de sangramento, curto tempo de hospitalização, rápida recuperação e retorno breve às atividades normais. Há também menos chances de efeitos indesejados, a exemplo de incontinência urinária e problemas de ereção. Já para os cirurgiões, esse tipo de cirurgia oferece diversas vantagens como visão tridimensional da área, visualização estável e liberdade de movimentos através dos instrumentos que contêm três eixos de mobilidade. Quer saber mais sobre cirurgia robótica em urologia? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba!

Cirurgia robótica para estenose de JUP: entenda como é feita

O sistema urinário é composto por diversos órgãos. Em conjunto, eles são responsáveis por filtrar o sangue, produzir a urina e excretá-la. Dessa maneira, quando algum componente desse complexo sistema não funciona como deveria, uma série de problemas podem ocorrer. Causam, assim, graves prejuízos para a saúde.  Um desses problemas é a estenose de JUP – junção uretero-pélvica. Essa patologia urológica se caracteriza por um bloqueio da pelve renal e do ureter. Pelve renal é o local em que a urina é recolhida após ser produzida pelo rim. Ureter é o tubo que faz a ligação entre os rins e a bexiga. A doença é causada por um defeito inerente à parede do órgão. Ou, ainda, por uma compressão externa de alguma artéria anômala que passa pela região. Consequentemente, a urina não consegue ser drenada. Acumula-se, então, no rim, provocando sua dilatação e, por sua vez, a hidronefrose. Geralmente de causa congênita, a estenose da junção uretero-pélvica pode acometer crianças, adolescentes e adultos. Em muitos casos, pode seguir silenciosa durante toda a vida e só ser percebida na vida adulta, quando os sintomas começam a aparecer.

Sintomas

Os sintomas de estenose da junção uretero-pélvica são facilmente confundidos com os de outras patologias. Por isso, é importante o acompanhamento de um médico especialista para a investigação e diagnóstico correto. Dentre os sintomas, estão:

  • dor abdominal intermitente;
  • ocorrência de sangue na urina;
  • infecção urinária de repetição;
  • cálculos renais.

Há casos em que crianças já nascem com o rim sem funcionar. Assim, ainda bebês necessitam passar pela cirurgia corretora. Com o avanço da medicina, pode haver suspeita de estenose ainda durante o pré-natal realizado pela mãe. Nesses casos, ao nascer, a criança passa por uma série de exames específicos para se identificar a gravidade do quadro.

Diagnóstico e tratamento

Cálculos renais, tumores, processos inflamatórios nos rins podem ter sintomas confundidos com o da estenose. Em vista disso, é fundamental um diagnóstico preciso. Assim, exames de imagem, como a ultrassonografia, cintilografia e tomografia são essenciais para a análise do caso. O tratamento é indicado quando há complicações causadas pelo estreitamento da JUP. Dentre elas, estão a obstrução, perda da função renal, aumento progressivo do grau de dilatação, bem como infecção urinária de repetição. Pode haver, ainda, desenvolvimento de cálculo renal e hipertensão de etiologia renal.

Cirurgia robótica para estenose de JUP

A cirurgia para a correção da estenose é a pieloplastia. Atualmente, a cirurgia robótica é a opção mais adequada, uma vez que não provoca grandes incisões, como o método tradicional. Na pieloplastia robótica são realizadas pequenas incisões no indivíduo. Com o instrumento cirúrgico, o médico retira o estreitamento e reúne novamente a pelve renal e o ureter, criando uma nova junção uretero-pélvica. Após o procedimento, há internação por cerca de três dias. A cirurgia robótica é considerada minimamente invasiva. Assim, além de um resultado estético mais agradável, há menos dor no pós-operatório. Além disso, a  recuperação é mais acelerada e com menos chances de infecções. Com a cirurgia robótica para estenose de JUP, o cirurgião consegue ter uma visão 3D da junção uretero-pélvica, o que proporciona maior detalhamento anatômico do indivíduo. Por isso, a reconstrução pode ser realizada de maneira mais assertiva, causando, dessa maneira, menor incidência de reestreitamento. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba!

Cirurgia robótica permite aplicar técnica minimamente invasiva mesmo em casos difíceis!

Não é novidade que as técnicas de cirurgia minimamente invasivas tem se tornado a principal escolha quando se fala em tratamento de câncer de próstata, rim e adrenal. Neste particular a cirurgia laparoscópica dominou por duas décadas as indicações cirúrgicas nestes casos.

Entretanto, a laparoscopia apresentava algumas limitações, principalmente em pacientes obesos, nos tumores maiores ou em localizações de acesso mais difícil (p. ex. tumores renais na face posterior). Ainda, na indicação de nefrectomia parcial, a técnica laparoscópica era de máxima dificuldade, exigindo do cirurgião muita habilidade laparoscópica e longa experiência.

Com o advento e popularização da cirurgia robótica, estas dificuldades se minimizaram, pois o auxílio do robô “Da vinci” permite maior amplitude de movimentos na cavidade, maior controle dos intrumentais, com menor tremor e uma acentuada precisão, além de uma visão ampliada e em 3 dimensões.

Os tumores de rim em face posterior, que antes eram considerados um grande desafio ao cirurgião laparoscopista, tornaram-se mais fáceis de se remover com o auxílio da robótica, bem como os cânceres de próstata, com uma glândula bem aumentada ou em pacientes com obesidade mórbida.

Dr. Schneider tem realizado estes casos mais difíceis com o auxílio do robô e nos conta suas impressões: “É emocionante a diferença da precisão cirúrgica e a facilidade com o auxílio do robô nas nefrectomias parciais. Recentemente operei um caso que há poucos anos só seria removível por cirurgia aberta, com uma grande incisão, dor pós-operatória e vários dias de internação. A paciente evoluiu muito bem, livre do tumor, com mínima dor pós-operatória e recebeu alta no 2o dia após a cirurgia, o que é um grande ganho e uma excelente evolução no tratamento cirúrgico destes casos difíceis”.

“A cirurgia robótica é uma realidade atual, e em alguns casos tem se tornado imprescindível para um excelente tratamento cirúrgico”, afirma Dr. Schneider.

Tanto em cirurgias de próstata como em tumores renais a cirurgia robótica tem oferecidos resultados clínicos excelentes, recuperação mais rápida dos pacientes, com menos dor e melhor evolução no curto prazo, tornando-se uma opção extremamente relevante no cenário cirúrgico atual.

Como funciona a cirurgia para fimose?

A fimose é um problema caracterizado pelo excesso de pele que cobre a glande (cabeça do pênis), não deixando-a exposta, como é normalmente. O problema é muito comum entre meninos recém-nascidos e vai diminuindo ao passar dos anos. Pesquisas apontam que 97% dos bebes nascem com a fimose, número que cai para 10% quando as crianças completam três anos de idade e, durante a adolescência, diminui para até 3%.

Problemas causados pela fimose

As dificuldades de higienização da cabeça do pênis, infecções frequentes no local e infecções urinárias são algumas consequências deste problema, que, em casos mais extremos, pode gerar alguma dificuldade para urinar, quando criança. Em adultos, além destas questões, o excesso de pele no pênis pode causar dificuldades durante a ereção e até mesmo dores durante o ato sexual, significando uma vida sexual com transtornos. Além da fimose fisiológica, presente no paciente desde o nascimento, existem ainda alguns casos de fimose secundária, que aparece depois de uma infecção local, por exemplo, em qualquer fase da vida. Seja qual for as causas, a urologia possui tratamentos avançados para resolver o problema, como pomadas de corticoides (com propriedades analgésicas e antibióticas para facilitar o deslizamento da pele) e exercício de retração da fimose (indicado para crianças a partir dos cinco anos, este procedimento permite que a pele se solte aos poucos).

Cirurgia para fimose

A cirurgia, conhecida como postectomia ou circuncisão, é a indicação para quando os procedimentos acima não resolverem o problema. Apesar de causar medo em crianças e adultos, os procedimentos cirúrgicos de fimose são bastante eficientes e ajudam o paciente a viver normalmente. O cirurgião pode optar por remover totalmente o prepúcio, que é a camada de pele que cobre a glande, ou fazer cortes pequenos na pele, o que pode ser suficiente. Cada caso receberá um indicação específica.  Em algumas situações, o chamado freio curto pode ser cortado para ser liberar a cabeça do pênis. A cirurgia, que fica sob responsabilidade de um urologista ou cirurgião pediatra, geralmente é realizada com anestesia local. Nas crianças, a indicação é que o procedimento seja feito entre os sete e 10 anos de idade, antes do início da adolescência, para evitar problemas no início da vida sexual e, além disso, nesta fase da vida a recuperação é mais rápida.

Cuidados pós-operatório

Geralmente os pacientes deixam o hospital no mesmo dia e a recuperação leva menos de uma semana. Atividades mais pesadas, como exercícios físicos, devem ser evitadas por aproximadamente um mês. No caso de pacientes adultos, além do repouso de um mês, é indicado não ter relações sexuais com penetração pelo mesmo período. Se o local estiver doendo, pode colocar um saco de gelo ou ainda tomar algum analgésico, sob prescrição médica. Depois deste período, o problema de fimose fica resolvido e o paciente pode seguir a vida normalmente. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter. Ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba!

Cuidados no Outono da Vida

A vivacidade do verão vai diminuindo. Seu brilho e calor vão esmaecendo. Aos poucos novas cores tomam o horizonte. As folhas verdes tornam-se amarelas, vermelhas e caem. O chão está multicor tomado dessas folhas amarelas, vermelhas, marrons. A temperatura é amena. É outono.

Podemos ver a vida permeada por estações. Se as crianças representam a primavera, os jovens o verão, os adultos o outono, os idosos o inverno. E assim como cada estação tem suas peculiaridades, requer cuidados e mudanças de hábitos próprios da estação, assim também os períodos da vida.

Com o avançar da idade, cuidados adicionais são necessários. Surgem algumas doenças, dores nas costas, mal estar inexplicáveis, e a farmácia domiciliar tende a aumentar. Lembramo-nos das doenças dos pais e avós, e ficamos sabendo que a tia-avó morreu de câncer. Então, alguém nos lembra que temos que ir ao médico fazer um check up.

Quando começar o exame de próstata? Precisa mesmo de toque retal? Não tem aquele exame de sangue? E o colesterol? Quando preciso fazer o exame de diabetes?  E a colonoscopia, será mesmo necessária?

Mil questionamentos vêm à mente, e passam a nos inquietar até que visitemos um médico. Nessa visita ficaremos sabendo de alguns exames necessários, quando começar, datas para repetir e se for diagnosticado alguma doença, iniciaremos o tratamento.

Devemos nos lembrar entretanto, que a definição do que deve ser feito em uma avaliação médica periódica deve ser individualizada, levando-se em conta sexo, idade, ocupação, hábitos e antecedentes de cada indivíduo.

O mais importante no check up é história clínica e exame físico, para se avaliar os riscos pessoais, antecedentes e hábitos. O exame físico pode surpreender alterações na pele, na cavidade oral, nos pulmões, coração, massas abdominais, nódulo na próstata ou alterações da pressão sanguínea, que indiquem a necessidade de exames complementares.

Para se completar a avaliação rotineiramente se inclui glicemia, colesterol total e frações, triglicérides, creatinina e exame de urina. As mulheres realizam desde cedo o famoso papanicolau anualmente, além da ultrassonografia de mamas, ou mamografia, conforme a idade. Já para os homens está indicada a avaliação da próstata.

Conforme indicam as sociedades de urologia ao redor do mundo, em homens sem antecedentes de câncer de próstata na família, inicia-se o check up anual em torno dos 50 anos, e naqueles com antecedentes familiares indica-se começar aos 40 anos. Esta avaliação inclui o toque retal e a dosagem de PSA (antígeno prostático específico) total e livre, além da creatinina sérica e exame de urina. Opcionalmente solicita-se ultrassonografia das vias urinárias e da próstata. Com estes exames objetivamos não apenas identificar precocemente o câncer de próstata, mas também avaliar a função miccional, o crescimento benigno da próstata, além de uma conversa sobre a função sexual.

Pouco a pouco chegamos à conclusão: o outono da vida está aí! É preciso tomar uma atitude, antes que venha o acinzentado inverno. Preparar uma dose extra de saúde, ir para academia, perder uns quilinhos, deixar de fumar, fazer hidroginástica, corrigir a postura, beber mais água, comer de forma mais saudável, fazer ioga, diminuir o estresse e aproveitar melhor os anos de vida que temos pela frente.

O decorrer desta fase trará certamente consigo algumas perdas, decepções, frustrações e, diferentemente da primavera ou do verão, não teremos mais uma “vida toda pela frente” para consertar, mudar de rumo, de profissão, etc. Precisaremos de mais serenidade para enfrentar os obstáculos, mais complacência conosco mesmos, e por que não umas sessões de psicoterapia?

Sim, precisaremos não apenas olhar o futuro, mas entender o passado para corrigir o presente, enquanto é tempo. Afinal, no inverno teremos o que armazenamos hoje. Seremos fruto de nossas decisões atuais. Nossa saúde será resultado do que plantamos ao longo das estações. Uma vida permeada de hábitos saudáveis e cuidados freqüentes, com visitas regulares ao cardiologista, ao urologista, ao ginecologista e ao geriatra, certamente proporcionará um inverno com mais qualidade e menos desconfortos.

E para encarar essa realidade com serenidade e determinação, relacionamentos saudáveis, apoio e consolo nos estimulam e encorajam a caminhar em frente. E, junto com os amigos, por que não uma taça de vinho, pra proteger o coração?

Boas vindas ao outono!

Saúde a todos!

Disfunção erétil: o que é e como tratar?

Decerto, a disfunção erétil é temida por muitos. Trata-se da incapacidade de um homem em obter ou manter uma ereção pelo tempo suficiente para lhe permitir alcançar uma atividade sexual satisfatória. Todo homem está sujeito a passar por uma situação em que o desempenho sexual não atinge as expectativas — e isso não é o fim do mundo. Certamente, é uma situação normal, que pode acontecer por inúmeros motivos — cansaço, nervosismo ou ansiedade. No entanto, se esse problema começa a acontecer de maneira frequente, atrapalhando a vida sexual do indivíduo com a parceira ou o parceiro, é importante que ele se consulte com um especialista. Obter um diagnóstico preciso é garantia fundamental de alcançar um tratamento adequado — o que é de máxima importância, já que a vivência sexual saudável é fundamental para uma vida feliz.

Por que a disfunção erétil acontece?

Ela é mais comum do que imaginamos e acontece com mais frequência em homens acima dos 40 anos. Segundo o Portal da Urologia, 50% dos homens nessa faixa etária apresentam alguma disfunção sexual, um número aproximado de 16 milhões de pessoas no Brasil. Sabemos que não há uma só causa para o problema. As principais são:

Disfunções circulatórias

Para a ereção acontecer, é necessário sangue. Por isso, é muito comum que doenças cardiovasculares prejudiquem a ereção do pênis. Alguns exemplos dessas doenças são:

  • diabetes;
  • colesterol elevado;
  • hipertensão;
  • doença arterial coronariana.

Disfunções neurológicas

Doenças degenerativas, como AVC (acidente vascular cerebral), mal de Parkinson, esclerose múltipla e tumor cerebral, podem atingir diretamente a capacidade erétil do pênis.

Disfunções estruturais ou anatômicas

Assim como pode acontecer no nascimento, o problema pode se dar no decorrer da vida do indivíduo. Para tanto, é preciso que alguma alteração na anatomia do pênis impeça ou atrapalhe a ereção.

Provocada pelo uso de algum medicamento específico

Como anti-hipertensivos, antidepressivos, antipsicóticos.

Dificuldades psicológicas

Certamente, esse diagnóstico é o mais comum quando se pensa em alteração erétil recorrente. Acontece quando o homem está sob a influência de estresse, cansaço, problemas no relacionamento afetivo ou, ainda, devido à inibição diante de uma falha anterior ou pela falta de controle da ejaculação.

Disfunção hormonal

Acontece pela diminuição na produção de hormônios, como a testosterona, no caso de hiper ou hipotireoidismo, ou por algum descontrole nas funções da hipófise.

Prevenção e tratamento

Como a disfunção sexual pode ser fruto de inúmeras causas, as formas de prevenção passam por um leque vasto de possibilidades. Sem dúvida, a melhor forma de prevenção se dá quando o homem procura manter hábitos de vida saudáveis, como:

  • não fumar;
  • não abusar do álcool;
  • não usar drogas;
  • beber bastante água;
  • alimentar-se de forma saudável;
  • praticar esportes.

Isso evita não só os problemas relacionados à disfunção, como também diversas doenças que podem ser causadoras dessa condição, por exemplo, a hipertensão. Da mesma forma, os tratamentos são feitos de acordo com a causa do problema. É fundamental o acompanhamento com um psicólogo, porque, mesmo que as origens da disfunção não sejam psicológicas, podem aparecer como consequência desses fatores emocionais. Para além disso, ainda existem soluções farmacológicas — via oral ou através de injeção aplicada diretamente no pênis pelo próprio paciente — ou opções de próteses cirúrgicas para o caso de não haver resposta do organismo aos medicamentos. É importante lembrar que, para qualquer tratamento adequado, é fundamental o acompanhamento de um médico especializado. Muitas vezes, homens têm resistência em buscar ajuda profissional, pela dificuldade em admitir que têm disfunção erétil — ou qualquer outra disfunção sexual. Isso prejudica ainda mais o relacionamento e aumenta o próprio nervosismo com a situação, que vira uma bola de neve. Seja como for, não deixe a vergonha impedi-lo de procurar ajuda! Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba!

Doenças benignas da próstata

A palavra próstata traz à mente inúmeros mitos, preconceitos e tabus. Conquanto não necessariamente conscientes, eles se expressam nas rodas de amigos, nas piadas e comentários jocosos, e são perpetuados principalmente pela desinformação.

O que é a próstata e pra que serve?

A próstata é uma glândula, se localiza logo abaixo da bexiga urinária e na frente do reto, e envolve a uretra (canal da urina). Facilitando: é como uma castanha e seu miolo seria a uretra. Produz uma secreção que participa do esperma (30%) e atua protegendo, alimentando e ajudando no transporte dos espermatozóides pela uretra (ejaculação). No adulto, tem uma massa aproximada de 20g.

O que tem a ver o toque retal com a próstata?

Como a próstata fica logo na frente do reto, através do toque retal pode-se sentir a superfície da próstata (nódulos, região endurecida), ter uma estimativa do tamanho da próstata e de seus contornos.

Como é feito o toque retal?

Pode ser feito em diferentes posições (deitado de lado, de pé com o tronco inclinado pra frente, deitado de costas com as pernas abertas, ou ainda ajoelhado com o tronco inclinado pra frente). É feito com o dedo indicador, revestido por uma luva de plástico ou de látex, adequadamente lubrificado. Habitualmente não dói, exceto se o paciente já tem algum problema na região do ânus (p. ex. fissura anal). O incômodo causado se deve mais freqüentemente à barreira psicológica do paciente ao exame e não raro os pacientes relatam que é bem mais simples do que imaginavam.

Quando e porque fazer o toque retal?

Em linhas gerais é recomendado que todo homem a partir dos 50 anos faça uma consulta anual ao urologista, na qual deve ser realizado o toque retal e solicitado a dosagem sanguínea do PSA (antígeno prostático específico). Alguns grupos de risco devem começar essa avaliação anual aos 40 anos, incluindo os que têm parentes de 1º e 2º grau que tiveram câncer de próstata e os negros. Recentemente nos EUA, por motivos econômicos, essa idade inicial em pacientes sem fator de risco foi estendida para 55 anos e avaliação bianual, porém a Sociedade Brasileira de Urologia achou por bem manter o início aos 50 anos.

Deixando um pouco de lado essa questão do toque retal, que foi aqui inserida apenas pra dirimir algumas dúvidas e curiosidades logo de início, vamos enfocar as doenças benignas da próstata: prostatite e Hiperplasia benigna da próstata (HPB).

Prostatite

A prostatite, como o próprio nome diz (termina com -ite), é uma inflamação na próstata. Pode ser aguda ou crônica, e em linha gerais, os sintomas são: ardência e maior freqüência pra urinar, podendo ter febre nos casos agudos. Pode acometer jovens com uretrite (doença sexualmente transmissível) ou homens mais velhos com prostatismo (vide abaixo). Geralmente tem dosagem sanguínea de PSA elevada, o que nos obriga a acompanhar de perto aqueles acima de 50 anos, pra possível diferencial com câncer de próstata. O tratamento se dá, habitualmente, à base de antibióticos.

Hiperplasia Benigna da Próstata

Imaginem a cena: Senhor de 65 anos em pé no mictório, mão encostada na parede, a cabeça inclinada sobre a mão. Olho fechado. Urinando, discretamente! Cansado? Dor de cabeça? Tirando uma soneca de pé?

Não! Essa é a figura típica de um paciente que tem a Hiperplasia Benigna da Próstata (HPB).

Jato urinário fraco, interrompido, necessidade de fazer força pra começar urinar, sensação de que a bexiga não está completamente vazia após terminar, ou acordar algumas vezes à noite pra urinar são alguns dos sintomas da HPB, também chamados de prostatismo. Podem apresentar-se em intensidades diversas, e se gravarem com o tempo, podendo culminar com eventuais perdas urinárias e/ou retenção (impossibilidade de urinar).

Mas, o que é a HPB?

Crescimento da próstata, de duas formas diferentes: a) crescimento da parte glandular da próstata, que faz com que a próstata aumente de volume, principalmente a zona de transição (parte interna), comprimindo a uretra; b) aumento proporcional da porção muscular (estroma) da próstata, o que faz com que a próstata comprima a uretra de uma forma dinâmica, isto é, pelo seu tônus muscular aumentado. Essa segunda forma gera os sintomas acima, mesmo em próstatas pequenas. Vale salientar que mesmo próstatas grandes podem não gerar sintomas, se não houver compressão da uretra, e sem sintomas (prostatismo) não está indicada qualquer forma de tratamento, especificamente para a HPB.

Por que?

Todo crescimento tecidual se dá quando a proliferação é mais acentuada que a morte celular. Os reais fatores causadores desse crescimento não são de todo conhecidos, mas sabe-se que além da idade, alterações do equilíbrio hormonal (p. ex. testosterona) estão implicados na formação da HPB. Hereditariedade também é um fator causal importante, principalmente em pacientes mais jovens.

Quando?

O crescimento da próstata se dá em relação direta com o aumento da idade. Estudos de autópsia mostram sinais de HPB em uma minoria já na terceira década, e em cerca de 80-95% dos indivíduos com mais de 80 anos. Apesar da presença de HPB na próstata, nem todos os indivíduos apresentam sintomas relevantes, e cerca de apenas 30-40% vão necessitar de tratamento, geralmente após os 50 anos.

Como diagnosticar?

Partindo-se do pressuposto que todo homem com mais de 50 anos deve ir ao urologista uma vez por ano, para consulta de rotina e avaliação da próstata, visando principalmente o diagnóstico precoce do câncer de próstata, através desse exame o especialista avaliará também os sinais e sintomas concernentes à HPB.

Colocando de forma prática:

  1. Sintomas: questionário com 7 perguntas (IPSS), que gradua os sintomas, que são: jato fraco, intermitente, força para iniciar, sensação de não esvaziar completamente a bexiga, acordar a noite pra urinar, dificuldade pra segurar a urina quando dá vontade e urinar com intervalos menores que 2 horas.
  2. Exame físico: Através do toque retal pode-se sentir a próstata aumentada.
  3. Exame de urina: pra avaliar infecção urinária e sangue na urina, que podem ser indício de outras doenças.
  4. Dosagem sanguínea do PSA: pode estar aumentado, devido à proliferação das glândulas prostáticas. É conduta habitual para valores acima de 4,0 ng/ml solicitar biópsia de próstata para descartar o câncer, mesmo apesar de que próstatas grandes podem elevar bem mais o PSA. Nestes casos outras dosagens auxiliam, como o PSA livre e o PSA complexado. Quando o valor excede 2,5ng/ml pode-se considerar a relação PSA livre/PSA total para se pedir biópsia, bem como a idade do paciente e o tamanho da próstata.
  5. Ultrassonografia: Permite avaliar o tamanho da próstata. Se realizada pelo abdome pode-se medir ainda o volume de urina na bexiga, logo após urinar. Se realizada pelo reto, permite a realização de biópsia de próstata, quando indicado.
  6. Fluxometria: Urina-se num aparelho que mede a velocidade do jato urinário (a “força”), o tempo necessário e o volume total.

Como tratar?

O tratamento só é iniciado quando os sintomas justificam essa decisão deve ser tomada pelo urologista.

A) Tratamento medicamentoso:

Na grande maioria dos casos o tratamento é feito com medicamentos via oral, que podem ser de 3 categorias: a) fitoterápicos (a base de plantas), que tem seu uso e efeito limitados; b) inibidores hormonais(finasterida e dutasterida) e c) bloqueadores adrenérgicos (doxazosina e tamsulosina, dentre outros).

O tratamento medicamentoso é bastante eficaz e pode postergar por vários anos a necessidade de cirurgia. A maior limitação é o custo, dado que o tratamento é contínuo.

Efeitos colaterais a serem destacados são distúrbios sexuais (alteração da libido), hipotensão postural (tontura ou escurecimento da vista ao levantar, por exemplo) e boca seca.

B) Tratamento cirúrgico:

A indicação dessa forma de tratamento também fica a cargo do médico.

Basicamente a cirurgia pode ser realizada através de incisão abdominal, abaixo do umbigo, ou pela uretra (via endoscópica, conhecida popularmente e erroneamente como “laser”). Geralmente se faz a cirurgia aberta em próstatas maiores que 90-100g e cirurgia endoscópica em próstatas menores.

As complicações cirúrgicas incluem a ejaculação retrógrada (esperma vai para a bexiga), disfunção erétil (relacionado também à idade) e em raros casos incontinência urinária.

Há formas de se prevenir?

Este ainda é um ponto nebuloso no conhecimento da doença. De concreto sabe-se que os asiáticos que vivem no oriente tem menor propensão à HPB. Isso nos faz supor e alguns estudos sugerem que a ingestão de soja, alguns vegetais como tomate, feijão, ervilha, brócolis e algumas frutas como a melancia poderiam inibir o crescimento da próstata, desde que ingeridos em grande quantidade e ao longo da vida. Outros ainda demonstraram que o consumo diário de vinho ou cerveja de forma moderada ou ainda exercícios físicos rotineiros estão associados a uma menor incidência dos sintomas.

Pessoalmente, e pra encerrar por hoje nossa sessão, creio que uma vida balanceada, com atitudes moderadas, sabendo dividir o trabalho e a distração, o estresse e a diversão, associados a uma alimentação saudável e diversificada e atividade física regular e consistente contribuem não somente para minorar os problemas futuros, como também pra nos darem o prazer e a alegria de viver o hoje, o aqui e o agora!

Saúde!

Dr. Edison Schneider Monteiro
Doutor em Urologia pela Faculdade de Medicina da USP
Título de especialista da Sociedade Brasileira de Urologia (TiSBU)
Docente da Divisão de Urologia da PUC – CAMPINAS

Entenda o que é Hidronefrose na criança

A hidronefrose consiste na dilatação dos rins, decorrente de obstrução ao fluxo de urina. Tal obstrução e dilatação do sistema coletor renal inviabilizam a drenagem adequada da urina dos rins. Esta condição pode ser ocasionada por diferentes razões, como tumores, lesões ou cicatrizes no trato urinário, cálculos renais ou estreitamentos, resultante de anomalias congênitas. Casos graves de Refluxo Vesicoureteral também podem levar ao desenvolvimento da doença. No caso de hidronefrose na criança, a enfermidade é detectada ainda na gestação, e quase metade dos casos é solucionada de forma espontânea, após o nascimento do bebê.

Como identificar a hidronefrose na criança?

A doença pode se apresentar ainda durante o período gestacional (ultrassonografia pré-natal), ou após o nascimento da criança. Em casos mais brandos, pode ser assintomática. Ocorrências mais graves de hidronefrose podem vir acompanhadas dos seguintes sintomas:

  • febre;
  • infecção urinária;
  • dores na altura dos rins, virilha ou abdome inferior;
  • náuseas;
  • vômitos;
  • aumento da freqüência ou incômodo na hora de urinar.

Grande parte dos casos acomete apenas um dos rins, mas há situações em que a doença pode se manifestar em ambos os órgãos – a chamada hidronefrose bilateral.

O diagnóstico da doença é feito mediante análise dos sintomas, do histórico de saúde do paciente e do exame físico, além de exames complementares como de sangue, urina, ultrassonografia, , tomografia ou ainda, radiografia do abdome (urografia excretora).

A identificação precoce da dilatação do sistema coletor renal pode evitar o surgimento ou agravamento de lesões  renais e consequente compromentimento da função. 

Cuidados necessários

O tratamento da hidronefrose na criança dependerá das causas e da complexidade do caso, e deve ser avaliado caso-a-caso, podendo ser realizado acompanhamento clínico, controle de infecções ou ainda necessitar de cirurgia.

O uso de antibióticos é recomendado quando há risco ou comprovação de infecção urinária, seja para prevenção ou tratamento da doença. Os procedimentos cirúrgicos são indicados principalmente nos casos em que já há lesão renal instalada, para tratamento das condições que estão resultando na obstrução, ou refluxo urinário.

A grande oferta de exames diagnósticos e a possibilidade da realização de testes ainda no período gestacional são fatores positivos no tratamento da doença. Entretanto, o negligenciamento dos sintomas e sinais decorrentes da doença pode trazer danos graves à saúde, resultando, nos casos mais severos, em falência renal.

Além de remover toxinas e substâncias que não são importantes para o corpo, os rins são responsáveis por funções essenciais do organismo, como a regulação da pressão arterial e a manutenção do equilíbrio bioquímico. Gestantes devem fazer o pré-natal corretamente, incluindo os exames de ultrassonografia periódicos e, após o nascimento, caso haja suspeita de hidronefrose na criança, ou infecções urinárias, o urologista deve ser procurado.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba!

Enurese noturna tem cura?

Enurese noturna é uma disfunção urinária que tem como principal característica perda do controle da bexiga no decorrer do sono, ou seja, a pessoa urina de maneira involuntária durante o período de descanso noturno. Popularmente conhecida como “xixi na cama”, essa condição médica normalmente atinge crianças de até 12 anos de idade, porém os casos mais frequentes são em crianças de até 5 anos, acometendo 15% delas. A perda involuntária da urina também pode ocorrer na adolescência e na fase adulta, porém são casos mais raros

Causas

Inúmeros fatores podem ser responsáveis pela perda involuntária da urina durante o sono. A causa pode variar entre fatores fisiológicos, psicológicos e fatores genéticos. Dentre esses fatores, pode-se destacar:

  • Ingerir líquidos em excesso durante a noite;
  • Não urinar antes de dormir;
  • Concentração abaixo do comum do hormônio antidiurético vasopressina durante a noite;
  • Sono pesado, fazendo com que a criança perca o controle da bexiga;
  • Hereditariedade, o risco da criança desenvolver esse problema aumenta cerca de 40% se um dos pais possuir antecedentes de enurese na infância, e, se os dois apresentarem, o risco sobe para 80%.
  • Atraso na maturação neurológica;
  • Questões psicoemocionais.

Definições

A enurese noturna pode ser classificada, como:

Primária

Quando a criança desde o seu nascimento nunca apresentou um longo período de controle de urina durante o sono.

Secundária

Quando a criança, sem nenhum motivo aparente  volta a urinar na cama depois de um período de pelo menos 6 meses.

Familiar

Quando a criança possui parentes que apresentam antecedentes desse problema.

Poliúrica

Quando ocorre uma produção excessiva de urina durante a noite que extrapola a capacidade funcional.

Diagnóstico

Quando o único sintoma é apenas a perda de urina enquanto dorme, o diagnóstico é muito simples e leva em consideração o histórico do paciente, antecedentes familiares e exames clínicos. No entanto, caso haja a presença de sintomas que possam indicar um  comprometimento no sistema neurológico, urinário ou dos intestinos, se faz necessário a realização de exames laboratoriais de imagem para ser feito o diagnóstico correto.

Existe uma cura?

A enurese noturna pode ser curada até mesmo com o passar do tempo, pois a criança pode adquirir o controle da micção de forma espontânea. Porém, existem diversas alternativas de tratamentos que podem acelerar o processo de cura desse distúrbio, essas opções variam de acordo com as características e o quadro que o paciente apresenta. O método mais simples para tratar desse problema é a mudança de alguns hábitos, como evitar tomar líquidos e alimentos que contenham um alto teor ácido antes de dormir. Outro meio de tratamento é o uso de alarmes. Nesse método, um sensor é colocado próximo as genitais do paciente junto com um alarme preso na roupa na altura do ombro, e no primeiro sinal de perda de urina o alarme dispara, fazendo com que a criança acorde e vá ao banheiro urinar. O tratamento da enurese noturna também pode ser feito por meio de medicamentos. Existem remédios que contribuem para diminuir a produção de urina. Entretanto, só devem ser usados com prescrição médica. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter. Ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba!

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