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Criptorquidia

Criptorquidia: o que é, como diagnosticar e tratar

A Criptorquidia ou testículo não descido ocorre quando um ou os dois testículos, formados no interior do abdômen, não migram para a bolsa escrotal. O processo acontece nos últimos meses de gestação, quando os testículos não completam o trajeto esperado. Está entre as afecções mais comuns da infância, com incidência maior em crianças prematuras. A anomalia deve ser monitorada, podendo ser solucionada naturalmente durante o primeiro ano de vida.

Neste post, entenderemos um pouco mais sobre o tema. Confira!

O que devemos compreender sobre os testículos?

Os testículos são as glândulas sexuais masculinas (também conhecidas como gônadas) e possuem um importante papel na reprodução. Junto com o epidídimo, a próstata, os ductos deferentes, as vesículas seminais e o pênis, compõem o sistema reprodutor masculino. 

A produção dos espermatozoides ocorre nos tubos seminíferos — estruturas localizadas na parte interna dos testículos. Depois, passam para o epidídimo, local em que amadurecem e são armazenados. Ao percorrerem o canal deferente, são colocados em contato com um líquido, que é produzido pelas vesículas seminais e pela próstata. Só então estarão prontos para serem eliminados. Quando há alguma anomalia nesse sistema, o paciente pode ter suas funções reprodutivas comprometidas. 

Ao final da gestação, os testículos migram da região abdominal para a bolsa escrotal para que a produção de espermatozoides aconteça em um ambiente mais frio. A diferença entre os ambientes (de até 2ºC) pode influenciar e até inibir a produção de espermatozoides. Assim como os genitais femininos, o desenvolvimento dos masculinos tem a mesma origem embrionária. Porém, os ovários, diferentemente dos testículos, não migram, permanecendo na cavidade abdominal. 

Como é o diagnóstico da Criptorquidia?

A Criptorquidia pode ser detectada pelos próprios pais, mas é função do pediatra, nas consultas de rotina, verificar se os testículos estão no local correto. É comum que a doença seja confundida com o testículo retrátil, que acontece quando a gônada sexual masculina, já na bolsa escrotal, migra para a região proximal da raiz da bolsa. Nesse último caso, não há necessidade de intervenção, já que o próprio organismo, por meio de estímulos hormonais, atua na fixação espontânea dos testículos. 

Qual é o tratamento indicado?

Caso os testículos não migrem espontaneamente até um ano e meio de idade, é necessária intervenção médica. O tratamento pode ser realizado com o uso de hormônio (Hormônio Gonadotrofina Coriônica), para promover o amadurecimento transitório do testículo e estimular a fase final de migração para o saco escrotal. 

O estímulo hormonal é mais utilizado quando a doença acomete as duas gônadas. Agora, se a manifestação se dá em apenas um dos testículos, cirurgias são indicadas para eliminação das aderências que se formam dentro do abdômen, permitindo a condução do testículo pelo cordão espermático. 

Como vimos, o acompanhamento periódico de crianças com Criptorquidia pode evitar o surgimento de complicações. A retenção dos testículos no abdômen pode causar a esterilidade e favorecer o desenvolvimento de tumores malignos. Para que os resultados do tratamento sejam efetivos é importante que haja um diagnóstico precoce. Por isso, ao menor sinal procure um médico. 

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba!

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