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Estenose de JUP: o que é?

Você já ouviu falar em estenose de JUP? Também chamada de estenose de junção uretero-pélvica ou junção ureteropiélica, a estenose de JUP é uma das causas mais frequentes de obstrução urinária durante a infância, sendo também, uma das principais justificativas para a realização de cirurgias renais nesse período da vida.

Embora seja mais comum em crianças, o problema pode atingir adolescentes, adultos e, até mesmo, pessoas na terceira idade. Quer saber mais sobre essa condição? Leia o artigo completo e conheça a estenose de JUP mais a fundo.

O que é estenose, afinal?

A palavra estenose tem origem grega e, em livre tradução, significa estreitamento ou compressão. Em saúde, estenose corresponde a um estreitamento ou obstrução anormal de qualquer vaso sanguíneo, órgão ou estrutura tubular presente no corpo.

O que ocorre na estenose de JUP?

A estenose de JUP é caracterizada pela junção do rim com o ureter, tubo que conduz a urina até a bexiga. Nessa junção pode acontecer defeitos que a tornam muito estreita, o que, consequentemente, dificulta a drenagem da urina dentro do rim, provocando efeitos como o inchaço renal.

Quais são os sintomas desse tipo de estenose?

Por ser uma condição normalmente congênita, em determinados casos, o sinal mais importante é que algumas crianças com estenose de JUP nascem com o rim sem funcionar. Na maioria das vezes, há uma dilatação renal que será descoberta no decorrer da infância e da adolescência. Pode haver infecções urinárias recorrentes, sangramentos na urina e dor concentrada em um dos lados das costas.

Por que a estenose de JUP acontece?

A estenose de JUP é caracterizada pela impossibilidade de transportar urina da pelve renal para o ureter. Na maioria dos casos, o estreitamento é resultado de malformação congênita, que pode se manifestar desde cedo ou muitos anos após o nascimento. Vale destacar que de acordo com estudos recentes, a estenose de JUP, em 40% dos casos, é provocada pela existência de vasos anômalos (aberrantes polares) que cruzam e obstruem a área de ligação entre o ureter e a pelve renal.

A junção uretero-pélvica, em condições normais, apresenta um afunilamento gradual que favorece o adequado e coordenado fluxo urinário. Já na estenose de JUP, existe um obstáculo na região da junção e a urina não consegue fluir corretamente. Logo, isso prejudica o esvaziamento da pelve renal e atrapalha o bom funcionamento dos rins.

Como tratar a estenose de JUP?

Se o diagnóstico de estenose de JUP for confirmado, o tratamento geralmente é cirúrgico. O procedimento pode ser realizado por laparoscopia, através de pequenas incisões para acessar a área realizar o reparo do defeito na junção. Outra opção consiste em recorrer ao procedimento endoscópico, sem a necessidade de corte. Ambas as alternativas são minimamente invasivas e oferecem grandes possibilidades de sucesso.

Quer saber mais sobre estenose de JUP? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba!

Hidronefose na infância: como é o tratamento?

A hidronefrose é uma dilatação interna do rim ou do seu sistema coletor. A doença é tida constantemente como resultado de uma oclusão na junção da pelve renal (saída do rim) com o ureter que complica a drenagem da urina para a bexiga concentrada no rim e provoca a sua dilatação. No entanto, essa patologia pode também ocorrer devido ao retorno irregular da urina da bexiga para o rim ou refluxo vesicoureteral. Já a hidronefrose neonatal é normalmente diagnosticada através da ultrassonografia intra uterina (durante a gestação). Entretanto, essa anomalia não está relacionada a algo que os pais tenham feito durante a gestação e normalmente não é transmitida entre irmãos ou de pai para filho. Contudo, o bloqueio que gera essa anomalia é regularmente resultado de um estreitamento no começo do ureter próximo ao rim, que provavelmente ocorre antes do quarto mês da gravidez.

A hidronefrose é grave?

A gravidade da hidronefrose depende da extensão do bloqueio e da resultante distensão do rim, que pode ser classificada de leve a grave. As crianças portadoras dessa patologia de grau leve geralmente não apresentam sintomas, devido ao fato de os rins serem pouco afetados. Além disso, existe a possibilidade da patologia desaparecer no primeiro ano de vida. Nos pacientes com a anomalia moderada, a função renal não é prejudicada, o crescimento renal permanece normal e o grau da doença não evolui. Entretanto, em casos muito graves da doença, pode acontecer algum tipo de dano renal e essa condição gerar infecções, dor e hematúria. Porém, essas consequências podem levar alguns meses ou anos para acontecerem ou não. Para determinar o grau de gravidade da doença, devem ser realizados exames radiológicos e radioisotópicos (medicina nuclear) que têm a capacidade de medir a função renal e determinar se já existem algumas cicatrizes nos rins devido às infecções sofridas pela criança.

Como é feito o diagnóstico precoce?

Desde o ano de 1985, o ultrassom pré-natal tem sido o responsável pelos diagnósticos precoces dessa doença no bebê, possibilitando o seu acompanhamento clínico logo depois do nascimento. No entanto, até 2019, esse diagnóstico só era possível quando a criança já manifestava algumas infecções urinárias, ou então bem mais tarde, através do toque, ao perceber uma massa abdominal

Como é o tratamento?

As crianças portadoras dessa enfermidade com grau leve devem ser submetidas a tratamento clínico com observação, que consiste em retirar a urina acumulada e extinguir a causa da doença. Dessa forma, a urina poderá fluir livremente até a bexiga e sair do rim, fazendo com que o edema diminua. Porém, nos casos moderados e graves ainda não há uma concordância do momento. O único consenso é que devem ser submetidas a cirurgia se acontecer uma piora no quadro obstrutivo. Esse procedimento é chamado de pieloplastia e corrige essa má formação. Ela consiste na retirada da parte obstruída na saída do rim (pelve) e do duto que leva a urina para a bexiga (ureter), para uma plástica com o propósito da urina escoar facilmente do rim e não ocorrer mais obstrução. Normalmente, a criança permanece no hospital por 2 dias após a cirurgia e retorna para casa com um dreno próximo ao local da incisão cirúrgica. A cirurgia de correção da hidronefrose tem a taxa aproximada de 95% de sucesso, desde que a função do rim já não esteja muito afetada. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba!

Hipospádia na criança: como é feito o tratamento cirúrgico

A hipospádia na criança é uma condição em que a abertura da uretra está localizada na parte de baixo e não na ponta do pênis. O indivíduo acometido pelo problema pode ter, a abertura uretral localizada em qualquer ponto ao longo da parte inferior do pênis, e isso determina a gravidade da condição e como a equipe médica abordará a reparação. A localização da abertura pode ser:

  • Anterior ou distal (perto da ponta do pénis) é a forma mais comum de hipospádia: ocorrendo em cerca de 50% dos casos. 
  • Até o meio do pênis são consideradas hipospádias moderadas: representam cerca de 30% dos casos. 
  • Posterior ou proximal (no escroto ou no períneo): é o tipo mais grave de hipospádia e ocorre em 20% dos casos.

Alguns pais podem confundir hipospádia com epispádia, na qual a uretra se abre ao longo do topo do pênis, mas trata-se de duas condições distintas, que requerem tratamentos muito diferentes. Se não for tratada, a forma mais grave de hipospádia pode interferir na vida sexual do paciente quando adulto.

Causas da Hipospádia na criança

A hipospádia é uma condição congênita, o que significa que acontece enquanto o bebê está se desenvolvendo no útero da mãe. Conforme o feto se desenvolve, o tecido na parte de baixo do pênis que forma a uretra não fecha completamente, encurtando a passagem. Em muitos casos, o prepúcio – a dobra da pele que cobre a ponta do pênis, ou glande – também não se desenvolve adequadamente, resultando em prepúcio extra no lado superior do pênis e nenhum na parte inferior.

A condição não é causada por qualquer coisa que os pais façam ou deixem de fazer durante a gravidez. De fato, embora o número de casos tenha aumentado desde a década de 1970, não há causa conhecida de hipospádia. Os pesquisadores sabem, no entanto, que esse problema é um pouco mais comum em meninos cujo pai ou irmão também tenha a doença.

Embora seja possível que os médicos detectem sinais de hipospádia grave em uma ultrassonografia fetal, a grande maioria das crianças é diagnosticada no nascimento. Essa condição não causa dor física na criança nem bloqueia sua micção. Mas, caso não seja tratada, pode dificultar o direcionamento do jato de urina.

Todos os meninos com hipospádia precisam de cirurgia? 

Se o paciente tiver um caso muito leve, ele pode não precisar de cirurgia porque sua condição não terá um grande impacto em sua vida. No entanto, às vezes os pais de meninos nascidos com pequenas anormalidades ainda optam pela cirurgia por razões estéticas.

A cirurgia continua sendo a melhor e única maneira de resolver as dificuldades urinárias para esse problema. O agendamento da operação depende do tipo de hipospádia que a criança tem e se o diagnóstico ocorreu no nascimento (a maioria é). Normalmente, o recomendado é que o procedimento seja feito entre quatro e seis meses de idade.

Os bebês que apresentam hipospádia que requer cirurgia não devem ser circuncidados, porque o prepúcio pode ser necessário para enxertos de tecido durante a operação. Os tipos de cuidados depois da cirurgia dependerão do quão grave é a hipospádia. No caso dos meninos que passam por uma intervenção entre os quatro e seis meses, é possível retornar para casa no mesmo dia da cirurgia. Os resultados variam de paciente para paciente, mas normalmente os pais já poderão notar todos os resultados da cirurgia do filho depois de seis meses.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba!

Hipospádia na criança: o que é como tratar?

A hipospádia é uma condição relativamente comum na infância, já que afeta 1 em cada 200 meninos. Trata-se de um defeito congênito do pênis, especificamente na uretra. Vale ressaltar que a uretra é o canal responsável por ligar a bexiga ao exterior do corpo, possibilitando assim a saída da urina.

Quer saber um pouco mais acerca da hipospádia na criança e descobrir se há tratamento para esse problema? Vem comigo conhecer os detalhes mais importantes sobre essa alteração peniana.

Hipospádia na criança

Em crianças com hipospádia, a abertura da uretra (meato uretral) se desenvolve na parte inferior, meio ou base do pênis. Já em crianças sem o problema, a abertura fica especificamente na ponta. Em alguns casos de hipospádia, o menino pode apresentar uma curvatura peniana anormal para baixo.

Causas de hipospádia

A hipospádia, como já mencionei, é um defeito congênito. Ele ocorre quando o pênis não se desenvolve de forma normal enquanto a criança está no útero. Pesquisas revelam que isso acontece porque os hormônios não estimulam o pênis a se desenvolver normalmente, entretanto, as causas desse desajuste hormonal não são conhecidas em boa parte dos casos. 

Cumpre acrescentar que os principais fatores de risco são o histórico familiar de hipospádia, criança fruto de fertilização in vitro ou gestação tardia, além de problemas no crescimento fetal, disfunções na produção de testosterona e enzima 5 alfa-redultase e outras alterações endócrinas.

Sintomas do problema

Os sintomas mais característicos de hipospádia na criança consistem na abertura da uretra em local fora do padrão, curvatura abaixo do pênis e prepúcio cobrindo apenas parte da cabeça do pênis. Geralmente essa condição é identificada logo após o nascimento.

Tratamentos possíveis

Em formas leves (abetura perto da ponta do pênis), não costuma ser necessário nenhum tratamento específico, entretanto, em casos mais graves (abertura no meio ou base do pênis), a cirurgia é a maneira mais efetiva de reparar o defeito na uretra. 

Se os tecidos uretrais não puderem ser unidos novamente, o cirurgião pode realizar enxertos com tecido retirado do interior da boca ou do prepúcio. Tal procedimento permite a reconstrução da abertura da uretra, bem como, o endireitamento do pênis curvado. A operação tende a ser feita em crianças dos 3 aos 18 meses de idade.

Importância da cirurgia de hipospádia  na infância

A cirurgia é fundamental nos casos mais severos, pois à medida que o tempo passar,  a vida da pessoa com hipospádia pode sofrer impactos negativos. A depender da localização do meato uretral, o menino pode apresentar dificuldade para urinar em pé. Além disso, ao se tornar um homem, a curva peniana acentuada para baixo poderá atrapalhar a prática de sexo.

Os resultados do procedimento normalmente são satisfatórios e uma única cirurgia de reparo é suficiente na maioria dos casos. Apesar disso, algumas crianças com hipospádias mais graves e complexas demandam que a correção seja feita em mais de uma etapa, com intervalo de 6 meses entre os procedimentos.

Quer saber mais hipospádia na infância? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba!

Homem que é homem cuida de sua saúde!

Novembro azul é o mês da campanha de prevenção do câncer de próstata. Na verdade, o intuito é a detecção precoce deste tumor, que em geral é assintomático. Quanto mais cedo o diagnóstico, maior a chance de cura.

Como é um tumor que cresce lentamente, na sua grande maioria, um exame anual é suficiente para se diagnosticar o tumor numa fase em que o tratamento ideal é possível.

Este exame anual deve iniciar aos 50 anos, mas naqueles que tem parentes de primeiro grau que tiveram câncer de próstata, antecipamos o check up anual em 5 anos, começando então aos 45 anos.

O exame compreende o toque retal, e o exame de sangue (PSA- antígeno específico da próstata). Através do toque retal se palpa a próstata e se avalia seu tamanho, consistência e a presença de nódulos, que podem ser sugestivos de câncer.

O PSA pode aumentar na presença de câncer, mas também quando há inflamação ou infecção da próstata, infecção urinária ou crescimento benigno da próstata – que é comum acontecer com o aumento da idade.

Outros parâmetros são também considerados para se suspeitar do câncer de próstata, como a relação PSA livre/PSA total, a densidade de PSA (PSA/volume da próstata) e a velocidade de aumento do PSA.

Mesmo antes dos 50 (ou 45) anos pode-se dosar o PSA, sendo razoável sua dosagem a partir dos 40 anos, pois alguns casos de tumor podem ocorrer antes mesmo dos 45 anos, e o diagnóstico precoce é altamente desejável, principalmente no indivíduo mais jovem.

Caso o exame físico ou PSA apresente alteração, a biópsia de próstata está indicada, realizada por via transretal, guiada por ultrassonografia.

O diagnóstico do câncer de próstata nas fases iniciais da doença favorece o tratamento adequado, em tempo de se atingir cura em mais de 80% dos casos.

Métodos de prevenção do câncer de próstata não estão completamente elucidados, mas sabe-se que uma vida saudável, com exercícios físicos, livre de tabagismo, aliada a alimentação rica em licopeno (presente no molho de tomate), selênio e vitamina E estão entre as medidas mais sugeridas para se prevenir o câncer de próstata.

Saúde!

Incontinência urinária: causas, sintomas e tratamentos

A incontinência urinária é um problema que pode trazer muito desconforto a quem sofre com ela. No entanto, pode ser perfeitamente administrada. Estima-se que 5% da população mundial sofra com o problema e que, no Brasil, sejam mais de 10 milhões de pessoas.

Você sabe como a perda involuntária de urina ocorre? Conhece as alternativas de tratamento? Então, recomendamos a leitura deste post. A seguir, saiba tudo o que você precisa sobre o assunto.

O que é incontinência urinária?

A incontinência urinária pode ser descrita como o vazamento súbito e involuntário de urina pela uretra. Ademais, essa perda pode ser acentuada e incontrolável ou ocorrer várias vezes durante o dia em menor volume. 

Ainda, as mulheres acima dos 50 anos e idosos estão mais suscetíveis a desenvolver o problema. No entanto, isso não significa que homens e mulheres mais jovens não possam desenvolvê-lo.

Tipos de incontinência urinária

Existem diferentes tipos de incontinência urinária, que variam de causa e sintoma. A seguir, listamos os principais detalhes sobre cada uma dessas formas.

  • de urgência: quando o desejo de urinar é tão forte e urgente que a pessoa não consegue chegar a tempo no banheiro, mesmo se houver uma pequena quantidade de urina na bexiga. A principal causa desse tipo é a síndrome da bexiga hiperativa;
  • de esforço: ocorre quando há uma fraqueza do assoalho pélvico, impedindo que retenha a urina. Assim, o indivíduo pode urinar ao tossir, sorrir, levantar pesos, espirrar, subir escadas, pressionar a bexiga ou fazer atividades físicas. Nesses casos, o provável é que haja alguma lesão no esfíncter urinário;
  • por transbordamento: este tipo se caracteriza pela bexiga sempre cheia, ocasionando vazamentos. Em algumas situações, a bexiga pode não se esvaziar por completo, provocando o gotejamento;
  • funcional: ocorre quando o indivíduo entende que precisa urinar, mas possui limitações físicas que o impedem de ir ao banheiro por conta própria.
  • mista: quando as perdas de urina ocorrem durante um esforço e também em situações de urgência.

Quais são as causas?

O controle da micção é realizado pelo sistema nervoso autônomo. Porém, algumas condições podem fazer com deixe de funcionar corretamente, ocasionando a perda involuntária de urina. Dentre as principais condições, podemos citar: 

  • enfraquecimento da musculatura do assoalho pélvico e do esfíncter urinário;
  • gravidez e parto;
  • tosse crônica;
  • presença de tumores malignos ou benignos;
  • quadros pulmonares obstrutivos que aumentam a pressão intra-abdominal;
  • doenças que comprimem a bexiga;
  • obesidade;
  • bexigas hiperativas que contraem involuntariamente;
  • realização de cirurgias ou exposição à radiação que lese os nervos do esfíncter masculino;
  • aumento no volume de urina;
  • má coordenação dos músculos da parede da bexiga com o esfíncter urinário.

Como é o tratamento?

O tratamento da incontinência depende do tipo diagnosticado, da gravidade e da causa subjacente. Existem diferentes técnicas que contribuem para melhorar a condição do paciente. Em alguns casos, pode ser necessário realizar duas ou mais delas.

No que diz respeito às técnicas comportamentais, o paciente aprende a retardar a micção, a esvaziar a bexiga completamente, passa a programar as idas ao banheiro e realiza uma dieta para recuperar o controle da bexiga.

Ademais, o médico também pode recomendar a realização de exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico ou a realização de terapias de estimulação elétrica. Por fim, o tratamento medicamentoso também auxilia o paciente a controlar o desejo de urinar.

Portanto, com a leitura deste post, você entendeu um pouco mais sobre a incontinência urinária e os fatores que podem levar alguém a desenvolvê-la. Em todos os casos, é essencial procurar ajuda médica especializada.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba!

Infecção do trato urinário: sintomas, causas e tratamentos

De acordo com as estimativas divulgadas pelo Ministério da Saúde brasileiro, cerca de 30% das mulheres apresentarão o quadro de infecção do trato urinário em algum momento da vida. Embora cause incômodo e desconforto, a condição pode ser facilmente tratada.

Você sabe como essa infecção é causada? Quer conhecer os sintomas e alternativas de tratamento? Então, não deixe de ler este post. A seguir, explicaremos tudo sobre o tema.

O que é a infecção do trato urinário?

Trata-se de uma condição que se caracteriza pela presença de agentes infecciosos na urina, em quantidades superiores a 100 mil unidades. O quadro pode acometer tanto a uretra quanto a bexiga, ureteres e rins.

Ademais, na grande maioria dos casos, a infecção do trato urinário é provocada por bactérias, principalmente pelo tipo Escherichia coli, que responde por ¾ dos casos. Esses microrganismos habitam na região entre a genital e o ânus.

Porém, o problema não está na presença dessas bactérias, mas, sim, no momento em que elas alcançam os rins, ocasionando a infecção. Quando ficam concentradas na bexiga, provocam uma cistite. Se chegarem até os rins, causam um quadro mais grave chamado de pieloneferite.

Quais são os sintomas?

Os sintomas da infecção do trato urinário variam de acordo com o local onde as bactérias se instalam. Se estiverem alojadas na uretra, o paciente pode apresentar, repetidas vezes, a urgência de urinar, além de dor no canal urinário.

Já nos quadros de cistite há dor ao urinar, aumento no número de idas ao banheiro, dor na parte inferior do abdômen e, às vezes, febre. Por outro lado, se afetarem os rins, os sinais mais característicos são febre alta, dores nas costas, náuseas e vômitos. 

De modo geral, os quadros de pieloneferite têm como marca a presença de febre, calafrios e dor lombar, formando a tríade de sintomas que estão presentes na maioria dos casos. Outros sinais que podem indicar a infecção são: sangue misturado na urina, dor pélvica, urina leitosa com forte odor ou mais escura.

Como é causada a infecção do trato urinário?

Embora haja uma maior prevalência de infecção do trato urinário nas mulheres, os homens também estão sujeitos ao problema. As características anatômicas das mulheres as tornam mais vulneráveis, pois a uretra está mais próxima do ânus e é mais curta.

Já nos homens, o crescimento da próstata e a consequente retenção de urina na bexiga contribuem para o desenvolvimento da condição. Ademais, a alta taxa de açúcar no organismo, comum em diabéticos, também pode provocar a infecção. 

Outrossim, o risco de contrair a doença é mais elevado após a relação sexual, pois, a uretra está mais vulnerável à instalação de bactérias. Por fim, a infecção é mais comum na menopausa, em função da redução das taxas de estrogênio.

Como é o tratamento?

O tratamento irá variar de acordo com a gravidade da infecção. Na maioria dos casos, o médico prescreve antibióticos que combatem as bactérias causadoras do problema. Além disso, o uso de analgésicos é recomendado para aliviar a dor e ardência ao urinar.

Ainda, as infecções do trato urinário costumam ser resolvidas em até sete dias de tratamento. Apenas quando alcançam os rins ou afetam a próstata, o uso dos antibióticos pode se estender por mais algumas semanas.

Por fim, em situações mais graves, pode haver a necessidade de internação hospitalar e a administração intravenosa de medicamentos. Geralmente, são quadros em que o paciente apresenta febre, dor, vômitos e náuseas.

Então, com a leitura deste post, você aprendeu um pouco mais sobre a infecção do trato urinário. Portanto, esteja atento aos sinais enviados pelo corpo de que algo não está bem e, assim, procure o seu médico para ser avaliado.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba!

Infecção urinária na infância: atenção aos cuidados e tratamentos

A infecção urinária em crianças é bastante comum e acontece quando as bactérias (germes) entram na bexiga ou nos rins. Um bebê com acometido pela condição pode ter febre, vomitar ou ficar agitado. Já as crianças mais velhas podem ter febre, dor ao urinar, simular fazer xixi a toda hora ou ter dor na barriga.

Quando os sintomas aparecem, é necessário consultar um médico, uma vez que as infecções raramente melhoram por conta própria. Apesar disso, as ITUs são fáceis de tratar e geralmente desaparecem em uma semana ou mais.

Para ter certeza de que o tratamento foi efetivo e que os antibióticos funcionam, você deve administrar todas as doses prescritas – mesmo quando a criança começar a se sentir melhor.

Quais são os sinais de uma infecção urinária na infância?

A maioria das infecções urinárias em crianças ocorre na parte inferior do trato urinário – a uretra e a bexiga. Esse tipo de ITU é denominado cistite. Uma criança com cistite pode ter:

  • Dor, queimação ou sensação de picada ao urinar;
  • Um desejo constante ou necessidade mais frequente de urinar (embora apenas uma pequena quantidade de urina saia);
  • Febre;
  • Acordar muito à noite para ir ao banheiro;
  • Problemas de urinar;
  • Dor de barriga na área da bexiga;
  • Urina malcheirosa que pode parecer turva ou conter sangue.

Além disso, também há uma infecção que sobe até os rins, a qual chamamos de pielonefrite. Esse quadro geralmente é mais grave. A condição causa muitos desses mesmos sintomas, mas a criança geralmente parece mais doente e tem maior probabilidade de ficar com febre (às vezes com calafrios), ter dor nas laterais ou nas costas, cansaço intenso ou vômitos.

Diagnóstico de infecção em crianças

Para diagnosticar uma infecção urinária na criança, os profissionais de saúde fazem perguntas sobre o que está acontecendo e realizam exame físico, onde coletam uma amostra de urina para teste.

A amostra pode ser usada para um exame de urina (um teste que verifica microscopicamente a urina em busca de germes) ou uma cultura de urina (que tenta cultivar e identificar bactérias em um laboratório).

Assim, saber quais bactérias estão causando a infecção pode ajudar o médico a escolher o melhor tratamento.

Tratamento

As infecções de urina são tratadas com antibióticos. Após vários dias de medicação, o médico pode repetir os testes de urina para confirmar que a infecção foi embora. É importante ter certeza disso porque uma infecção urinária tratada de forma incompleta pode voltar ou se espalhar.

Dê antibióticos prescritos de acordo com a programação, por quantos dias seu médico indicar. Os sintomas devem melhorar dentro de 2 a 3 dias após o início dos antibióticos.

Ainda, incentive seu filho a beber bastante líquido, mas evite bebidas que contenham cafeína, como refrigerantes e chá gelado.

Como evitar a infecção urinária em crianças?

Em bebês e crianças pequenas, as trocas frequentes de fraldas podem ajudar a prevenir a disseminação de bactérias que causam infecções. Quando as crianças são treinadas para usar o penico, é importante ensiná-las também como se limpar de forma adequada.

Além disso, as meninas devem saber como limpar da frente para trás – não de trás para a frente – para evitar que os germes se espalhem do reto para a uretra.

No mais, todas as crianças devem ser ensinadas a não “segurar” quando precisam ir ao banheiro.

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O que causa disfunção erétil?

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), cerca de 50% dos homens brasileiros com idade acima dos 40 anos lidam com algum tipo de dificuldade em relação à ereção. Na maioria dos casos, a origem dessas queixas está na disfunção erétil, problema que traz grande temor ao público masculino.

No entanto, você sabe como esse transtorno ocorre? Conhece os principais fatores causadores dessa disfunção? Caso não, recomendamos a leitura deste post. A seguir, entenda tudo sobre o assunto.

O que é disfunção erétil?

Trata-se de um problema que se caracteriza pela dificuldade dos homens  em manter a ereção peniana em, pelo menos, 50% das relações sexuais e por tempo suficiente para realizar a penetração vaginal e obter satisfação sexual.

Ainda, a disfunção erétil (DE) ou impotência sexual, como é popularmente conhecida, está relacionada com um desequilíbrio entre a contração e o relaxamento da musculatura lisa do órgão genital masculino.

Ademais, para que uma ereção ocorra, o sistema nervoso precisa trabalhar em conjunto com a produção hormonal, de modo que as células localizadas nas artérias penianas recebam a mensagem para relaxar os músculos do pênis, o que eleva o fluxo sanguíneo na região.

Por fim, a DE é classificada como primária ou secundária, sendo esta última a mais comum. No caso da primária, o homem nunca conseguiu ter ou manter uma ereção. Já na secundária, o indivíduo já teve ereções no passado, mas perdeu a capacidade de mantê-las.

Quais são os sintomas?

A impotência sexual pode produzir os mais variados tipos de sintomas. Porém, o mais característico e determinante para o diagnóstico é a impossibilidade de manter uma ereção e, assim, não obter satisfação sexual.

Contudo, existem outros sinais que também indicam um quadro de DE, como a falta de desejo sexual, estresse, ansiedade, baixa autoestima, problemas de relacionamento, infertilidade, ejaculação prematura ou retardada.

Quais são as causas mais comuns da disfunção erétil?

Apesar de ter características muito específicas, nem sempre a ausência de ereção significa uma disfunção erétil. A recorrência dessa situação é que indica o diagnóstico. A impotência sexual pode ser causada por inúmeros fatores. A seguir, conheça os mais comuns:

  • alterações anatômicas ou estruturais: por ocasião de malformações ou de doenças congênitas, algumas pessoas nascem com alterações na anatomia peniana, o que impossibilita a ereção;
  • neurológicas: uma boa parcela dos casos de DE são provocados por problemas neurológicos, tais como, esclerose múltipla, mal de Parkinson, AVC, traumatismos e tumores no sistema nervoso;
  • problemas circulatórios: a ereção depende do fluxo sanguíneo no pênis. Por isso, as doenças vasculares, diabetes, tabagismo, colesterol elevado, cirurgias na pelve e exposição à radioterapia podem dificultar a ereção;
  • distúrbios hormonais: a deficiência de testosterona ou outras alterações hormonais podem afetar a libido do homem, influenciando diretamente na ereção. Da mesma forma, distúrbios da tireoide e da glândula hipófise também podem ser a causa de impotência;
  • induzidas por drogas: o uso de alguns medicamentos também impossibilitam a ereção, como é o caso dos anti-hipertensivos, antipsicóticos, remédios para depressão, consumo de álcool ou uso de heroína, cocaína e outras drogas ilícitas;
  • psicológicas: problemas emocionais são uma das causas mais frequentes de disfunção erétil, principalmente o estresse, a ansiedade e a depressão. Isso porque influenciam diretamente na libido.

Portanto, com a leitura deste post, você conheceu um pouco mais sobre a disfunção erétil, seus sintomas mais característicos e as causas mais recorrentes. Ao primeiro sinal de impotência, procure um profissional especializado no assunto.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba!

O que causa obstrução do trato urinário?

Uma obstrução do trato urinário em qualquer parte da sua extensão, desde os rins, onde a urina é produzida, até a uretra, por onde a urina é expelida do organismo, pode ampliar a pressão dentro do trato urinário e ocasionar uma lentidão no fluxo da urina. Entretanto, esse bloqueio pode acontecer de forma brusca ou evolutiva. Uma obstrução total ou apenas parcial pode causar o bloqueio de parte do trato urinário. Contudo, algumas vezes somente um rim é acometido, porém, esse bloqueio pode afetar ambos os rins.

O que é a obstrução do trato urinário?

A obstrução do trato urinário consiste num bloqueio que impossibilita o curso da urina por meio da sua trajetória normal, incluindo os rins, ureteres, uretra e bexiga. Entretanto, esse bloqueio pode ser completo ou parcial e também pode levar à lesão do fígado, infecção e cálculos renais. Os sintomas podem incluir dor no flanco, aumento ou diminuição no fluxo de urina e micção noturna. Porém, os sintomas são mais comuns se o bloqueio for completo e repentino. O exame pode abranger inserção de um cateter uretral, exames de imagem e inserção de um tubo de visualização na uretra, contudo o tratamento pode introduzir medidas a fim de abrir um trajeto bloqueado e para tratar o que ocasionou o bloqueio.

O que causa?

Como já foi dito acima, o bloqueio pode ser parcial ou total, afetar um lado ou ambos os lados e se desenvolver de forma rápida (aguda) ou lenta (crônica). De forma geral as causa mais comuns são:

Em crianças

Anomalias estruturais – por exemplo, falhas congênitas como válvulas na parte posterior interna da uretra (válvulas uretrais posteriores) e outras compressões que estreitam ou bloqueiam o ureter ou a uretra.

Em jovens adultos

Cálculos renais ou no ureter ou até mesmo em outro local do trato urinário.

Em idosos

HPB (Hiperplasia prostática benigna) ou câncer de próstata, calculos e tumores. Devido ao fato da Hiperplasia prostática benigna ser muito comum em idosos, a obstrução é mais habitual entre os homens. Entretanto, outras causas habituais da obstrução envolvem estenoses (estreitamento anormal de um vaso sanguíneo, causado por tecido cicatricial) da uretra ou do ureter, que se manifestam após a radioterapia, cirurgia ou intervenções realizadas no trato urinário. Dentre as muitas outras causas possíveis de obstrução do trato urinário vamos citar as seguintes: pólipos no ureter, coágulo sanguíneo no ureter e tumores próximos ou no interior do ureter.

Como é o tratamento?

Normalmente o tratamento visa amenizar a causa da obstrução. Por exemplo, se a uretra estiver bloqueada devido a uma dilatação benigna ou por um câncer de próstata, o tratamento incluirá medicamentos, como uma terapia hormonal contra o câncer de próstata, dilatação da uretra por meio de dilatadores ou cirurgia. Entretanto, se a causa da obstrução do trato urinário não puder ser resolvida de forma rápida, principalmente se houver algum tipo de infecção, dor acentuada ou insuficiência renal, o trato urinário deverá ser drenado. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba!

O que é criptorquidia e como é feito o tratamento

A criptorquidia é uma doença urológica que ocorre quando um ou os dois testículos não descem para a bolsa escrotal, devido a algumas disfunções no desenvolvimento do abdômen inferior e nos órgãos genitais. Esse problema geralmente é comum em bebês nascidos prematuramente e raramente ocorre em bebês nascidos a termo, no entanto, é importante verificar se os testículos estão localizados na bolsa escrotal do bebê no momento do nascimento e observar o caso durante um ano pelo menos. Essa condição médica apresenta dois tipos diferentes, podendo ser bilateral (ausência dos dois testículos na bolsa escrotal) ou unilateral (quando ocorre a ausência de apenas um testículo em um dos lados da bolsa escrotal).

Causas

A principal causa responsável pelo surgimento da criptorquidia ainda não é totalmente conhecida, porém os resultados de alguns estudos científicos apontam que diversos fatores ambientais durante o período de gestação e fatores genéticos podem ser fatores preponderantes para o surgimento desse problema. Além do nascimento de forma prematura do bebê, outro fator que pode ser responsável pelo desenvolvimento desse problema são bebês que nascem abaixo do peso ideal para a idade gestacional.

Prevenção

Não há uma medida totalmente comprovada que previna a criptorquidia, porém é recomendável que durante o período gestacional, as mães evitem fatores como cigarro e álcool, pois estes aumentam o risco de desenvolver essa disfunção. Entretanto, isso não garante que a criança não irá desenvolver essa condição. Por isso, é de suma importância se atentar para o diagnóstico precoce, que irá evitar maiores complicações, como a esterilidade, por exemplo. Além disso, exames no decorrer da gestação e logo após o nascimento também são recomendáveis como forma de detectar o problema nos testículos o quanto antes.

Diagnóstico

O diagnóstico desse problema é bastante simples e pode ser facilmente realizado através de uma palpação na região inguinal e abdominal. Com isso, é possível perceber se há a ausência de algum testículo na bolsa escrotal. Porém, em cerca de 20% do casos, a única forma de realizar o diagnóstico é através de uma cirurgia exploradora, pois assim é capaz de saber se há algum testículo escondido.

Complicações

Uma das causas importantes da esterilidade masculina é quando ocorre a retenção dos testículos dentro da cavidade abdominal, o que também contribui para o desenvolvimento de neoplasias. Por isso, caso tenha dificuldade de levar os testículos até a bolsa escrotal, quando o tratamento ocorre já em uma fase mais avançada, o melhor a ser feito é a remoção dos testículos para evitar problemas mais graves.

Tratamento

O tratamento mais aconselhável para a criptorquidia é por meio de uma cirurgia, porém é importante esperar até os 6 meses de idade, pois há chances dos testículos descerem de forma espontânea. A cirurgia tem como objetivo corrigir a localização do testículo, posicionando-o corretamente dentro da bolsa escrotal, entretanto, se durante o processo for notado sinais de atrofia no testículo, deve ser feita a remoção. Vale a pena ressaltar que terapia hormonal não é mais utilizada como forma de tratamento, pois estudos comprovaram que não possui eficácia. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba!

Pedra nos rins: sintomas, causas e tratamento

O cálculo renal, conhecido também como pedra nos rins, é uma formação endurecida de cristais da urina que se acumulam nos rins ou nas vias urinárias. Essas pedrinhas obstruem o sistema urinária e podem causar muitas dores em diversas partes do corpo do paciente.

O problema, que atinge 20 milhões de pessoas só no Brasil, segundo pesquisas recentes, aparece quando alguns elementos (cálcio, ácido úrico e oxalato) se juntam formando cristais que são convertidos em pedras, isso ocorre porque os rins são responsável por filtrar o sangue, então, eles acabam retendo os elementos citados acima, além da água que se transforma em urina.

Neste artigo, veja quais são os principais sintomas, as causas e como tratar este problema.

Sintomas de pedra no rins

Existem variados tamanhos de cálculo renal e a reação de cada paciente também será variada. Por isso, visitar periodicamente um médico é um bom caminho para evitar qualquer problema. De qualquer forma, o paciente com esta condição, apresenta alguns sintomas. A experiência clínica aponta que o quadro causa dores intensas em diferentes regiões, além de outros sintomas. Veja:

  • Cólicas na região lombar e em outras partes do corpo;
  • Dores no baixo ventre;
  • Náuseas e até mesmo vômitos;
  • Vontade de urinar o tempo todo;
  • Sangue na urina
  • Infecções urinárias.

Causas de pedra nos rins

O cálculo renal pode aparecer por diversas causas, de fatores genéticos ao estilo de vida do paciente. Elencamos as principais:

  • Predisposição genética;
  • Sedentarismo;
  • Obesidade;
  • Dieta com muito sal;
  • Dieta com poucos líquidos;
  • Clima muito quente ou exposição excessiva ao calor;
  • Muito tempo parado na mesma posição.

Tratamentos para o problema

Quando perceber algum dos sinais, é fundamental procurar o médico, que, por meio de exames de imagem e de urina, poderá identificar o problema, oferecendo a melhor assistência ao paciente. Vale lembrar que o tipo de tratamento depende de fatores como localização, tamanho e consistência do cálculo.

O tratamento clínico, a base de medicação que controla as dores e ajuda na eliminação espontânea do cálculo é uma opção. Caso não surja efeito, outros tipos de tratamentos são indicados, como o bombardeamento da pedra nos rins por ondas de choque e, em alguns casos, o procedimento cirúrgico. É indicado ainda o paciente utilizar um filtro de papel para urinar quando perceber a possibilidade de expelir a pedra. A análise do cálculo pode auxiliar o profissional de saúde na escolha do tratamento.

Quando a pedra estiver no rim, a litotripsia extracorpórea (que reduz o cálculo por meio do esmagamento) é uma boa opção para cálculos de até 2 cm. Para tamanhos maiores, existem duas maneiras de fazer a cirurgia. A primeira é a percutânea ou endoscópica, quando se utiliza um endoscópio para retirar o cálculo por meio de pequenos orifícios. A segunda é a ureteroscopia, indicada para tirar, por meio da endoscópica, a pedra alocada no ureter, um tubo das vias urinárias responsável por ligar a pelve do rim à bexiga.

A recuperação do tratamento de pedra nos rins vai depender do tipo de procedimento médico utilizado. Contudo, dura entre três e sete dias.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba!

Prostatectomia radical e suas técnicas

 

A prostatectomia radical é a cirurgia realizada para retirar completamente a próstata e as vesículas seminais, devido ao câncer de próstata. A remoção cirúrgica é considerada por muitos como o melhor tratamento, principalmente quando se observa resultados de ausência de doença e sobrevida em longo prazo. Entretanto este tratamento não é isento de complicações e algumas possíveis sequelas, o que nos leva como urologistas a procurar o tratamento ideal para cada caso, considerando o estágio da doença e características de cada paciente, como idade, outras doenças, porte físico e desejo pessoal.

A remoção cirúrgica pode ser realizada pelo abdome ou pelo períneo (localizado entre o escroto e o reto). No acesso abdominal podemos utilizar a cirurgia aberta tradicional com um corte longitudinal ou transversal (o mesmo da cesárea), ou ainda abordagem por laparoscopia ou robótica, como discorreremos abaixo.

Complicações gerais

Após a remoção completa da próstata e vesículas seminais todos os pacientes apresentam perda involuntária de urina, com necessidade de se utilizar fralda ou absorvente masculino. Com o passar do tempo e exercícios para fortalecimento da musculatura perineal ocorre recuperação da continência e apenas 6% dos pacientes apresentam incontinência que necessita de tratamento específico adicional (Pro-ACT, sling masculino ou esfíncter artificial).
Da mesma forma, disfunção erétil pode ocorrer em maior ou menor gravidade, com recuperação possível em até um ano após a cirurgia. Utilizam-se medicamentos específicos para estimular a recuperação e, caso não ocorra, pode-se optar por injeção peniana ou ainda a colocação de próteses semi-rígidas ou infláveis. O risco de a disfunção erétil ocorrer está relacionado à idade do paciente, condições prévias à cirurgia e doenças associadas.
Como em qualquer cirurgia, pode ocorrer infecção do local cirúrgico, sangramento na cirurgia que eventualmente necessita transfusão ou ainda trombose venosa profunda de membros inferiores.

Prostatectomia radical abdominal aberta

O que é?

É a retirada completa da próstata e vesículas seminais, como tratamento para o câncer de próstata, por acesso abdominal, com incisão vertical ou transversal (Fig 1).

prostatectomia fig 01
Figura 1: À esquerda incisão longitudinal e à direita incisão transversal.

Embora haja diferença no sentido da incisão da pele, a cirurgia interna é a mesma, com mesma técnica e resultados.
Vantagens: longa experiência no mundo todo. Permite a retirada dos linfonodos obturatórios (importante principalmente nos casos com PSA e Gleason maiores), permite preservação dos feixes vásculo-nervosos, o que possibilita melhores resultados de ereção no pós-operatório. Em geral permite uma internação de curto período, em média de 3 dias após a cirurgia.

Desvantagens: cicatriz no abdome, possível incontinência e disfunção erétil conforme já citado acima. Dor abdominal habitual de pós-operatório.

Prostatectomia radical perineal

O que é?

É a retirada completa da próstata e vesículas seminais, como tratamento para o câncer de próstata, por acesso no períneo, região entre o escroto e o ânus (Fig 2).

prostatectomia fig 02
Figura 2: Incisão da prostatectomia radical perineal.

Vantagens: estética, menor dor no pós-operatório, excelente acesso para pacientes obesos. Internação rápida, geralmente de 2 a 3 dias. Rápida recuperação da continência urinária.

Desvantagens: elevada incidência de disfunção erétil no pós-operatório (quase 100%). Dificuldade de se realizar a retirada de linfonodos obturatórios por este acesso.

Prostatectomia radical laparoscópica

O que é?

Técnica que utiliza pequenas incisões abdominais (2 de 11mm e 3 de 5mm) para a completa liberação da próstata e vesículas seminais, além da linfadenectomia (Fig 3). Para retirada da peça uma das incisões é prolongada no limite do tamanho da próstata.

 prostatectomia fig 03

Figura 3: Acessos posicionados para a prostatectomia radical laparoscópica.

Vantagens: A vantagem estética é evidente, embora não seja primordial nestes casos. Além desta, a recuperação destes pacientes tem sido mais rápida, com menos dor ou necessidade de analgésicos. A magnificação da imagem no momento da cirurgia pode ser considerada outra vantagem, facilitando a identificação dos vasos e nervos de forma mais precisa. Neste quesito a técnica assistida por robô apresenta grande vantagem, por ter magnificação e qualidade da imagem mais eficiente.

Desvantagens: O tamanho da próstata é um fator limitante, pois a técnica torna-se mais difícil em próstatas muito grandes. Outra desvantagem é a necessidade de boa experiência com a técnica, para o cirurgião se sentir confortável e seguro em empregá-la. A possibilidade de conversão deve ser considerada, ou seja, caso ocorra alguma dificuldade técnica ou sangramento excessivo, pode ser necessário converter esta cirurgia para a técnica tradicional com a incisão abdominal. O custo mais elevado é considerado uma desvantagem, devido à necessidade de materiais especiais, porém nos dias atuais este fator tem se tornado menos relevante.

Em nossa experiência temos notado que estes pacientes apresentam recuperação rápida, período de internação mais curto, menor sangramento no intra-operatório e continência urinária mais precoce.

Prostatectomia radical robótica

O que é?

A técnica é a mesma da laparoscopia, entretanto ao invés do cirurgião manipular as pinças diretamente no paciente, um robô manipula as pinças dentro do paciente, e este é comandado pelo cirurgião, que visualiza o campo em 3D com alta definição de imagem, em um console de trabalho (Fig 4).

prostatectomia fig 04

Figura 4: Cirurgia com auxílio de robô. Os braços do robô são controlados com as mãos, os pés e controle de voz do cirurgião, e este tem uma visão em 3 dimensões no console em que fica sentado. Um auxiliar fica junto ao paciente manipulando um dos acessos.

Vantagens: Esta técnica possui as mesmas vantagens da laparoscópica, porém com vantagens adicionais.

Para o paciente, além da recuperação mais rápida, com menos dor e retorno precoce às atividades habituais, a qualidade da imagem 3D e precisão de movimentos permite uma cirurgia mais minuciosa, principalmente com relação à identificação de nervos e vasos, diminuindo o sangramento e aumentando a chance de recuperação da capacidade de ereção. Como confirmação destas vantagens, nos países do hemisfério norte a grande maioria das prostatectomias radicais estão sendo realizadas com auxílio do robô.

Para o cirurgião, a cirurgia se torna mais fácil, com manobras mais confortáveis e um posicionamento melhor. O aprendizado da técnica é mais rápido, e a imagem 3D favorece e facilita a sua realização.

Desvantagens: O grande fator limitante é o custo. Tanto para os hospitais que necessitam comprar o robô e proverem sua cara manutenção, bem como para os pacientes que em nosso país têm que custear o procedimento, ou pelo menos uma parte do valor, parte esta não coberta pelos convênios e seguro saúde. Algumas eventualidades podem ser consideradas desvantagens, tais como eventual dificuldade de posicionamento dos braços do robô, bem com seu travamento, além de defeito técnico da máquina durante o procedimento, situações felizmente raras.

Resumindo…

A prostatectomia radical é a cirurgia realizada para tratamento do câncer de próstata localizado, através de diferentes técnicas: abdominal aberta, perineal, laparoscópica e robótica. A tradicional e mais consagrada é a primeira, com incisão longitudinal abaixo do umbigo, porém a incisão transversal (como da Cesárea) é tão eficiente quanto. Mais recentemente as técnicas laparoscópica e robótica têm tomado lugar, com vantagens estéticas, de recuperação, menor sangramento e mais rápido retorno às atividades habituais. Um fator limitante ainda é o custo destes procedimentos mais modernos e nem todos os pacientes e cirurgiões têm acesso a estas técnicas.

Prostatectomia radical robótica: a melhor opção para tratamento de câncer de próstata

Segundo o Ministério da Saúde brasileiro, o câncer de próstata é diagnosticado em 66 a cada 100 homens. Por ser uma doença com alta incidência, novos procedimentos são desenvolvidos para tratá-la, como, por exemplo, a prostatectomia radical robótica. Você conhece essa cirurgia? Sabe como ela é realizada? Para conhecer melhor o assunto, recomendamos a leitura deste post. A seguir, conheça tudo sobre este método inovador de prostatectomia.

O que é prostatectomia radical robótica?

Trata-se de um procedimento que consiste na remoção da próstata com o auxílio de braços robóticos. Atualmente, esta é a técnica mais utilizada nos Estados Unidos para o tratamento do câncer. Ainda, apenas nos anos 2000 essa técnica foi utilizada pela primeira vez para tratar esse tipo de doença. Em seguida, foi difundida pelo mundo e hoje existem mais de dois mil sistemas robóticos. Assim, a prostatectomia radical robótica é hoje o tratamento de escolha quando o tumor está localizado e é considerado como significativo. Em casos mais agressivos de câncer, o procedimento é realizado em conjunto com sessões de quimioterapia e radioterapia. Por conseguinte, é possível afirmar que a grande aceitação deste método pela comunidade médica se dá em razão da possibilidade de executar uma cirurgia que ofereça menor morbidade e em função dos diversos resultados positivos já apresentados.

Como o procedimento é realizado?

Diferente da prostatectomia aberta, a cirurgia robótica é feita a partir de micro incisões no abdômen do paciente. O robô Da Vinci, máquina que é utilizada neste tipo de procedimento, é composto por uma mesa de operações, um rack de imagem e por quatro braços robóticos. Ainda, durante a cirurgia, o profissional controla os braços robóticos através de um joystick, similar aos utilizados em videogames. Por meio das imagens 3D, transmitidas pelo robô, a próstata é removida.

Quais são as vantagens deste tipo de prostatectomia?

Uma das grandes vantagens da cirurgia robótica é a preservação dos nervos, possibilitada pelas técnicas de dissecção intrafascial e interfascial. Apenas se houver uma expansão do tumor, os nervos periprostáticos precisarão ser seccionados e ressecados. Além disso, é muito comum que após a retirada da próstata os pacientes apresentem o quadro de incontinência urinária. Entretanto, se a prostatectomia for robótica, essa complicação pode ser evitada. Ademais, existem outros importantes benefícios em utilizar esse método, como por exemplo:

  • Redução no número de incisões, quando comparado a cirurgia por via laparoscópica;
  • Menor tempo de internação hospitalar;
  • Rápido retorno às atividades de rotina;
  • Baixo risco de complicações pós-operatórias e de perda de sangue;
  • Promove mais conforto ao paciente, pois sente menos dor;
  • Menores chances de disfunção erétil. após o procedimento.

Ainda, as vantagens também são percebidas pela equipe médica, como, por exemplo, visualização de imagens mais nítidas e detalhadas, melhor ergonomia para o cirurgião e maior precisão dos movimentos. Pronto! Estas são as informações mais relevantes sobre a prostatectomia radical robótica. Após a leitura deste post você já sabe tudo sobre o assunto. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba!

Prótese peniana: o que é e quando é indicada?

A prótese peniana é um implante colocado na parte interna do pênis com o objetivo de promover a ereção. Normalmente, ela é indicada para tratar disfunção erétil grave, ou seja, quando os tratamentos anteriores não tiveram sucesso. No Brasil, esse distúrbio atinge cerca de 45% dos homens, de acordo com a pesquisa realizada pelo Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. O estudo, intitulado “Disfunção Erétil – Resultados do Estudo da Vida Sexual do Brasileiro“, destacou que algumas condições e doenças favorecem esse tipo de transtorno, tais como:

  • excesso de álcool;
  • cardiopatias;
  • diabetes;
  • transtornos emocionais;
  • tabagismo;
  • hipertensão arterial sistêmica;
  • obesidade;
  • doenças prostáticas;
  • depressão
  • idade avançada.

Neste artigo, explicamos um pouco do procedimento cirúrgico, além de outros detalhes sobre essa técnica. Quer ficar por dentro do assunto? Então, continue a leitura!

Quais são os tipos de próteses penianas?

Existem dois modelos principais de próteses, o inflável e o semirrígido. O primeiro é constituído de dois cilindros dobráveis, que ficam no interior do pênis. A vantagem dele está no fato de o homem poder inflar e voltar ao repouso no momento oportuno. A ereção é produzida com o uso de uma bombinha com soro fisiológico acoplada ao escroto. Nesse caso, o fluido percorre os cilindros, que automaticamente estimulam o sistema e inflam o órgão. Depois do ato sexual, para retornar à posição de repouso, basta manusear o mesmo circuito, a fim de desinflá-lo. O semirrígido ou articulável é composto por um material que mantém o pênis ereto, de modo que o indivíduo tenha a possibilidade de posicioná-lo em três posições. Geralmente esse formato é mais maleável e é revestido de silicone. Com ele, é possível ocultar a ereção com mais facilidade, contudo, as articulações não deixam o pênis tão rígido. Assim, uma das desvantagens é a falta de firmeza no momento da penetração.

Como a cirurgia de prótese peniana é realizada?

O procedimento dura aproximadamente uma hora e é realizado com anestesia geral, sendo assim, o prazo de internação dura entre um e dois dias, salvo em casos de complicações. Já a recuperação tende a ser um pouco demorada, durando cerca de seis semanas. Portanto, o contato íntimo só pode ser realizado após esse período ou segundo as instruções do médico.

Quais são os riscos relacionados ao procedimento?

Como ocorre em qualquer operação, os riscos não estão descartados. Nesse caso, é fundamental ter atenção para a rejeição da prótese, infecções e adesão da prótese no interior do órgão. Portanto, o paciente deve ficar atento a essas possíveis complicações, que podem começar com inchaço, pus e vermelhidão. Como vimos, no Brasil muito homens sofrem com a disfunção erétil, o que certamente é um problema para todos eles. No entanto, os que buscam tratamento conseguem obter melhor qualidade na vida sexual e a prótese peniana é um exemplo disso. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba!

Refluxo Vesicoureteral: o que é e como tratar?

Infecções urinárias frequentes podem ser um sinal de alerta! O mau funcionamento de uma válvula, localizada entre o ureter e a bexiga, cujo papel é impedir o retorno da urina para o rim, dando origem ao chamado Refluxo Vesicoureteral (RVU), pode representar um risco real à saúde. Em casos mais graves, pode ocasionar danos irreversíveis à anatomia e funcionamento dos rins. 

O surgimento da doença pode estar associado à malformação congênita da junção entre a bexiga e o ureter, sendo este chamado de refluxo primário. O mau funcionamento da bexiga e obstrução do fluxo urinário adequado pela uretra é causa de RVU secundário.

Entre os pacientes diagnosticados com o RVU, as crianças são maioria. Em recém-nascidos, a doença é mais comum em meninos. Já após o primeiro mês de vida, o número de meninas identificadas com o RVU chega a ser seis vezes maior que o número de meninos da mesma faixa etária.

Sintomas do refluxo vesicoureteral

As bactérias, transportadas pelo refluxo da urina, podem resultar em febre, dores, vômito e náusea – sinais de infecção urinária no rim (pielonefrite). Na criança é importante ficar atento a sinais inespecíficos, como falta de apetite, diarreia e irritabilidade, que podem estar associados a infecção urinária.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico do RVU é feito por radiografia, em um procedimento chamado de uretrocistografia miccional. No exame, introduz-se contraste iodado pela uretra do paciente, através de uma sonda. Então imagens radiográficas são realizadas e o refluxo desta urina contrastada pode ser identificado no ureter, conduzindo a um diagnóstico de refluxo vesicoureteral.

O Refluxo Vesicoureteral, segundo classificação internacional, pode ser categorizado em cinco graus. O nível mais brando da doença, o grau I, é constatado quando há refluxo de urina somente para o ureter. No grau II, há registro de refluxo até o rim, sem, no entanto, causar dilatação renal ou ureteral. Já no grau III, há registro de pouca dilatação renal, seguido do grau IV, com dilatação renal moderada e, por fim, o grau V, em que é constatada dilatação intensa dos rins e tortuosidade dos ureteres.

A identificação do grau da doença é essencial na escolha do tratamento, que também considera fatores, como a idade, a evolução das infecções e histórico de doenças do paciente e da família. Em casos em que a incidência de infecções é menor e o grau de classificação da doença é baixo, o tratamento pode ser conduzido com o uso de antibióticos e a indicação de medidas higiênico-dietéticas.

O tratamento cirúrgico é indicado em casos em que o RVU já está em grau elevado, com infecções recorrentes, ou quando há presença de cicatrizes ou danos aos rins. O procedimento pode ser aberto, endoscópico ou laparoscópico, e corrige a junção do ureter com a bexiga, reconstruindo o mecanismo valvular do paciente.

Mesmo após a conclusão do tratamento do Refluxo Vesicoureteral é importante que o paciente seja acompanhado por um urologista, para monitoramento das funções renais e dos possíveis danos decorrentes da doença.

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Reversão da vasectomia: como é feita?

A vasectomia é um procedimento de esterilização masculina. Ela consiste na interrupção do fluxo de espermatozoides por meio de uma ligadura dos ductos deferentes. Com o caminho interceptado, o espermatozoide não pode, então, ser expelido durante a ejaculação.  Apesar de este procedimento ser definitivo, em muitos casos o homem opta pela reversão da vasectomia, a fim de ter mais filhos. Dados apontam que de 2% a 6% dos homens que realizaram o procedimento mudam de ideia após mudanças que acontecem em suas vidas, como um novo relacionamento, por exemplo. Para que o homem volte a expelir espermatozoides, uma série de fatores implicam o sucesso da cirurgia. Entre eles estão:

  • O tempo entre a realização do procedimento e a reversão. Quanto menor for o período, melhores serão os resultados.
  • O tipo da técnica utilizada para a esterilização também é avaliado. Procedimentos que preservam os ductos deferentes apresentam, também, melhores resultados, se comparados àqueles que lesionam os ductos.
  • Se a produção de espermatozoides é mantida após a vasectomia.
  • Se existem espermatozoides no líquido do deferente no intraoperatório da reversão.

Como é feita a reversão da vasectomia?

Para passar pelo procedimento, o indivíduo deve fazer uma avaliação urológica e exames pré-operatórios, que visam avaliar a condição da reversão. Os procedimentos de reversão são denominados vaso-vasostomia e a vaso-epididimostomia. Eles consistem na realização de uma emenda das partes do deferente que foram interrompidos. Para isso, é feita uma microcirurgia, em que é preciso fazer uma pequena incisão no saco escrotal. O procedimento dura cerca de três horas e é considerado minimamente invasivo.

Como é o pós-operatório?

Geralmente, a alta é dada no mesmo dia em que o procedimento é feito. Por isso, normalmente, é realizado na parte da manhã. Devido à sedação, o indivíduo deve estar acompanhado no momento da alta. Dentre as recomendações médicas, estão a suspensão do consumo de álcool, repouso, evitar o esforço e atividade física. Além disso, para evitar inchaço e inflamação, recomenda-se a aplicação de gelo no local – quinze minutos, a cada uma ou duas horas, nos primeiros dias após a realização da reversão. A atividade sexual durante as primeiras duas semanas deve ser suspensa, para evitar a ejaculação. Isso porque, durante o orgasmo, os reflexos musculares podem prejudicar as suturas realizadas nos ductos. Cerca de quatro semanas depois da reversão são realizados exames para aferir o grau de efetividade da cirurgia. Para isso, é feito um espermograma para detectar a presença de espermatozoides na ejaculação, indicando que a reversão foi realizada. Como mencionado anteriormente, a taxa de sucesso varia conforme o intervalo em que foi realizada a vasectomia e sua reversão. Pesquisas mostram que a permeabilidade e a gravidez são, respectivamente, de 97% e 76%, para procedimentos realizados em até três anos. 88% e 53% para intervalos entre 3 e 8 anos. 79% e 44% para intervalos entre 9 e 14 anos e 71% e 30% para tempo igual ou superior a 15 anos. Entretanto, é cada vez mais crescente a taxa de sucesso da reversão da vasectomia, independentemente de quando ela foi realizada. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba!

Sangue na urina: principais causas e como tratar?

Quando acontece alguma anormalidade em uma atividade que faz parte do cotidiano, logo imaginamos diferentes causas para o problema. Da mesma forma, a presença de sangue na urina pode nos deixar assustados. Por isso, é importante conhecer mais sobre o assunto e sobre as suas possíveis origens. Assim, preparamos este post para que você aprenda tudo a respeito deste sintoma.

Por que a urina pode conter sangue?

Trata-se de um problema que se caracteriza pela mudança na coloração da urina, em razão da mistura com o sangue. A depender da quantidade, do tempo de presença e do grau de acidez deste fluido, a urina pode ficar rosada, avermelhada ou acastanhada. Existem dois termos que definem esse sintoma: hematúria e hemoglobinúria. A diferença entre eles está na quantidade de hemácias e hemoglobinas percebidas na avaliação microscópica. Ainda, a presença de sangue na urina pode ter as causas mais variadas. Geralmente, são condições simples e fáceis de serem tratadas, no entanto, são preocupantes. Veja quais são elas, a seguir.

Quais são as causas de sangue na urina?

Geralmente, a presença de sangue na urina está relacionada a problemas nos rins ou no trato urinário. Porém, há outras situações que também causam este sintoma, como os citados abaixo.

Pedra nos rins

Também conhecido como cálculo renal, esse problema pode surgir em qualquer idade, pois está associado ao estilo de vida. Quando é a origem do sangramento, ele vem acompanhado de queimação ao urinar, dor intensa nas costas e enjoos.

Infecção urinária

Apesar de ser mais comum em mulheres, os homens também podem ser acometidos. Nesse caso, a urina com sangue só ocorre quando a infecção está avançada, causando dor ao urinar, sensação de peso no abdômen e vontade frequente de ir ao banheiro.

Tumor na bexiga

O diagnóstico de tumor na bexiga é raro, mas é uma das causas de sangramento ao urinar. Comumente, está associado ao tabagismo e à idade avançada.

Patologias nefrológicas

A hipertensão e o diabetes são exemplos de doenças nefrológicas. Quando é a causa desse sintoma, o sangramento é mínimo e perceptível apenas pelo uso de microscópio no exame de urina.

Hiperplasia benigna de próstata

Uma condição comum em homens a partir dos 40 anos de idade. Além da urina com sangue, o paciente apresenta dificuldade e aumento na frequência de micção.

Contágio por microrganismos

Alguns parasitas também podem se instalar no trato urinário e provocar o sangramento. Porém, a hipótese só é considerada quando o paciente esteve nos locais onde esses microrganismos são encontrados. Além dessas causas mais comuns, este sintoma pode ter origem em uma glomerulonefrite, anemia falciforme, angiomiolipoma renal, lúpus, uretrite, endometriose, uso de alguns medicamentos e em função da gravidez.

Como é o tratamento do sangue na urina?

Como não poderia ser diferente, o tratamento irá depender da causa do sangramento. Somente após a análise médica, e dos resultados dos exames de urina, é que será possível chegar ao diagnóstico. Porém, seja qual for a causa, quando o fluxo de urina está bloqueado por coágulos de sangue, a primeira medida será desobstruí-lo por meio de um cateter urinário, que irá fazer a lavagem do local. No caso de infecções, o tratamento padrão é o uso de antibióticos. Caso a causa seja o cálculo renal, o paciente pode precisar realizar uma cirurgia para a destruição e remoção das pedras. Quando há um tumor na bexiga, nos rins ou na próstata, um oncologista deverá analisar. Pronto! Isso é tudo o que você precisa saber sobre as causas de sangue na urina. Ao primeiro sinal do problema, procure um profissional para ser avaliado. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba!

Se eu fizer o exame PSA, não preciso fazer o exame retal?

Apesar de novembro ser o mês mundial de combate ao câncer de próstata, a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce e da prevenção da doença é uma “herança” para todos os meses do ano. Existem dois procedimentos básicos para rastrear a doença no início, e a dosagem sanguínea do PSA é um deles.

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre as pessoas do sexo masculino no mundo todo, ficando atrás somente do câncer de pele não-melanoma. 

Esse tipo de câncer possui taxas crescentes de incidência no Brasil. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), 65.840 novos casos de câncer de próstata são diagnosticados por ano. Estão mais sujeitos a doença, homens com mais de 55 anos, com obesidade ou excesso de peso.

Sintomas do câncer de próstata

O câncer de próstata na sua fase inicial, normalmente não apresenta sintomas, porém, quando alguns sinais começam a surgir, aproximadamente 95% dos tumores já estão em sua fase mais avançada, o que dificulta bastante a cura.

Os sintomas da doença na sua fase avançada são:

  • Dores ao urinar;
  • Dor nos ossos;
  • Vontade de urinar com frequência;
  • Presença de sangue no sêmen e/ou urina.

Fatores de risco

Veja, a seguir, os principais fatores de risco:

  • Histórico familiar da doença em parentes próximos (irmão, pai e tio);
  • Obesidade;
  • Raça: homens negros possuem mais chances de adquirir a doença.

Prevenção e tratamento para o câncer de próstata

O diagnóstico precoce é a única maneira do câncer de próstata ser curado. Mesmo sem apresentar nenhum tipo de sintoma, homens a partir de 45 anos com fatores de risco, ou a partir de 50 anos, mesmo sem estes fatores devem procurar um urologista para falar sobre o exame de toque retal e sobre o exame de sangue PSA.

O exame de próstata, possibilita ao médico avaliar quaisquer tipos de alterações na glândula, como a presença de nódulos suspeitos e endurecimento em algum ponto da próstata.

Aproximadamente 20% do câncer de próstata, são identificados nos pacientes somente por meio do toque retal. 

Outros exames poderão ser pedidos pelo médico, caso haja suspeita de câncer de próstata, como por exemplo, as biópsias, onde são retirados fragmentos da próstata para análise em laboratório.

O melhor tipo de tratamento a ser indicado vai depender de uma série de fatores, como estágio da doença, expectativa de vida e estado geral de saúde atual do paciente.

Nos casos de tumores menos graves, existe a opção da chamada vigilância ativa, que consiste no monitoramento do câncer de próstata por meio de consultas e exames para adiar ou até mesmo evitar o máximo possível a radioterapia ou cirurgia.

O exame PSA substitui o toque retal?

A resposta é não. Essa é uma das perguntas mais frequentes entre os homens que ainda têm algum tipo de preconceito em relação ao toque retal. O Antígeno Prostático Específico (PSA), não é um marcador tumoral perfeito, por não ser um exame específico para detectar o câncer de próstata.

Alguns tumores pequenos podem não apresentar mudanças significativas dos níveis de PSA, ou seja, não serão identificados por este tipo de exame, mas em mãos mais experientes, podem ser percebidos pelo exame digital da próstata (toque).

Em contrapartida, na combinação do exame de toque com o PSA, é possível detectar cerca de 90% dos casos com precisão e em muitas situações até mesmo antes do câncer se manifestar.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Campinas e Indaiatuba

Sintomas comuns da infecção por clamídia

A clamídia é definida como uma infecção sexualmente transmissível (IST), causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. Essa doença pode afetar homens e mulheres com vida sexual ativa e também pode ser transmitida da mãe para o feto na passagem pelo canal do parto.

Na maioria dos casos, essa infecção atinge a uretra e os órgãos genitais, porém ela também pode afetar a garganta e os olhos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa é a mais comum de todas as ISTs causadas por bactérias, com 131 milhões de novos casos todos os anos. No Brasil, estima-se que o número de novos casos por ano seja de 2 milhões.

Complicações

Nos homens, a bactéria pode ocasionar inflamação nos testículos (orquite) e nos epidídimos (epididimite), sendo capaz de criar barreiras que impedem a passagem dos espermatozoides.

Nas mulheres, por outro lado, o risco maior é da bactéria atravessar o colo uterino, atingir as tubas uterinas e, por consequência disso, provocar a doença inflamatória pélvica (DIP).

Esse processo infeccioso, também pode causar obstrução das tubas e impedir que o óvulo entre em contato com o espermatozóide, ou então originar uma gravidez tubária (ectópica), se o ovo fecundado não conseguir alcançar o útero. 

Outra grande preocupação, é a possibilidade de transmissão da mãe para o bebê durante o parto normal. Caso isso aconteça, o recém-nascido pode desenvolver infecção ocular (conjuntivite) ou pulmonar (pneumonia).

Em caso de infecção por clamídia durante a gravidez, a mulher estará mais sujeita a aborto, parto precoce ou até mesmo a morte neonatal.

Além disso, estudos apontam que essa infecção é um fator de risco independente para o desenvolvimento do câncer de útero. Além de ser uma das causas da infertilidade masculina e feminina e aumentar o risco de aquisição e de transmissão do vírus HIV em até 10 vezes.

Sintomas da infecção por clamídia

É normal que algumas pessoas infectadas pela Chlamydia trachomatis não apresentem sintomas, pois essa doença, na maioria das vezes, é silenciosa e pode passar despercebida por muitos anos.

Isso faz com que essas pessoas assintomáticas se tornem fontes de contaminação permanente, o que explica o alto número de casos e também o porquê de muitos pacientes contaminados não saberem de quem pegou.

Para que isso não aconteça, é recomendado a realização de check-ups urológicos e ginecológicos pelo menos uma vez por ano.

No entanto, quando presentes os sintomas mais comuns nos homens são:

  • ardência ao urinar;
  • dor nos testículos;
  • corrimento uretral com a presença de pûs.
  • dor durante as relações sexuais;
  • vontade de ir ao banheiro com maior frequência.

Já nas mulheres, os sintomas mais comuns são:

  • corrimento com tom amarelado ou mais claro;
  • sangramentos instantâneos fora do período menstrual ou durante as relações sexuais;
  • dor ao urinar, na região genital ou na parte de baixo da barriga;
  • necessidade de ir ao banheiro mais vezes do que o normal.

É importante ressaltar que, após o contágio, a pessoa infectada por clamídia pode levar até 15 dias para que alguns desses sintomas comecem a ser notados.

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